Três semanas depois da polémica ter estalado pela falta de testes para despistar a Covid19 em lares de Aveiro ((Misericórdia e Santa Joana) e noutros municípios da região, a concelhia Social Democrata de Aveiro vem a público questionar a forma de funcionar das estruturas do Ministério da Saúde.
A estrutura liderada por Vítor Martins diz que a questão dos lares é, particularmente, sensível.
“O inimigo é invisível e tragicamente mortal, principalmente quando falamos de determinados grupos de risco, nos quais se inserem os nossos idosos, aqueles que tanto de si deram ao nosso país e a quem temos o dever de proteger em tempo útil. É, pois, com uma grande preocupação que continuamos a assistir a conferências de imprensa, nas quais o Ministério da Saúde e a Direção Geral de Saúde fazem saber que a despistagem nos Lares de Idosos é uma prioridade, mas a inação mantém-se! Aveiro seria um dos primeiros Distritos a receber os ditos testes, mas afinal onde estão eles?”, questiona a concelhia do PSD numa altura em que a despistagem dos lares já segue a um ritmo regular.
Já quanto à população em geral, a demora na realização de testes continua bem presente e a merecer a interrogação dos Sociais Democratas.
“Esta preocupação estende-se, aliás, à população em geral, já que são vários os relatos de quem apresenta sintomatologia de Covid-19 e, sendo encaminhado pela Linha de Saúde 24 para a realização do respetivo teste, vê-se obrigado a esperar dias a fio, por falta de material. As palavras ouvidas são moralizadoras, mas as pessoas precisam de atos, de mais ação! Os profissionais de saúde e todos aqueles que se mantêm no ativo, continuando a assegurar serviços essenciais, precisam, por sua vez, de se sentir protegidos. É o mínimo”.
Apesar de considerar que este ainda não é o tempo de pedir contas políticas, o PSD de Aveiro diz que é preciso coerência na comunicação, entre palavras e ação.
“Este não é o momento de apontar o dedo, mas de encarar a realidade, com transparência e verdade, sem palavras vãs. É mais do que nunca o momento do Governo agir e de reforçarmos a nossa união – sociedade civil, empresas, instituições, autarquias - , não olhando a esforços para que esta batalha seja vencida”.
Uma intervenção que saúda profissionais de saúde, cidadãos em isolamento e autarquias que o PSD diz não terem hesitado em “canalizar verbas para ajudar nesta luta, acabando por se substituir, em muitos casos, ao papel que deveria ser desempenhado por entidades governamentais”.