Um candidato a Presidente da República não é um candidato a líder partidário". Marcelo Rebelo de Sousa criticou Sampaio da Nóvoa pelo anúncio da chegada de "um tempo novo, contra um tempo velho" e afirmou-se como candidato de unidade nacional pela pacificação e pelo diálogo.
Num domingo dedicado ao distrito de Aveiro, o antigo comentador insistiu na necessidade de manter distâncias para os partidos mesmo para o da sua família política. Para quem insiste na urgência da clarificação da vida política, Marcelo afirmou-se favorável à estabilidade e ao cumprimento do mandado por António Costa.
“Cabe ao Presidente, independente, exercer o seu mandato acima dos partidos e os partidos têm de compreender isso. Mesmo o partido a que eu pertenço tem de compreender que o Presidente está noutro plano, e aprecia as coisas noutro plano. Cada partido luta, naturalmente pelos seus princípios, o Presidente está acima, está ao nível do interesse nacional. Isso umas vezes agrada ao partido, outras não agrada. É a vida”.
Marcelo Rebelo de Sousa diz que sentiu em Aveiro “ausência de crispação” e anunciou que espera exercer um mandato marcado pela pacificação (com áudio).
O reitor da Universidade de Aveiro é o mandatário da candidatura. Manuel Assunção acredita que Marcelo tem condições para prestigiar o país. “Para além de exercer o seu magistério de forma exemplar ficará como marco pela simplicidade de meios e estruturas de apoio com que se vai rodear. Tenho a certeza que vai ser assim. Acredito que Rebelo de Sousa constitua fonte de inspiração cívica preciosa. Num tempo de dificuldades para encontrar bons caminhos coletivos e a rarefação de grandes estadistas o professor vai afirmar-se como referencial do Estado e bandeira do país no exterior”.