CMA: Gestão e Contas aprovadas na reunião de ontem. PS fala em execução “extremamente baixa”.

O Executivo Municipal de Aveiro aprovou ontem o 'Relatório de Gestão, Prestação de Contas, Balanço Social e Inventário de Bens, Direitos e Obrigações Patrimoniais e Respetiva Avaliação', relativo ao ano de 2018.

O Relatório de Gestão e a Prestação de Contas da CMA 2018 assume a execução das atividades realizadas com base nas Grandes Opções do Plano (GOP) e no Orçamento de 2018, com uma execução financeira de € 29.571.388, no que respeita às GOP, e de € 39.274.208 no que respeita ao Orçamento da despesa e de € 116.901.174 no que respeita ao Orçamento da receita em termos de valor cobrado líquido.

Na comparação com 2017, ao nível da despesa a autarquia regista uma redução global de execução de € 28.944.674 (-29,60 %), sendo composto por um aumento de € 5.058.432 (20,64 %) respeitante às GOP e uma diminuição de € 34.003.106 (-46,40%) respeitante ao Orçamento.

Registe-se ainda um resultado operacional positivo de € 15.241.954, uma redução da dívida total em cerca de 8,2 M€, o que representa uma variação de 7,43% face ao ano transato, fixando a dívida do Universo Municipal no valor global de 102 milhões de euros.

O saldo de gerência continua a ser foco de troca de palavras entre maioria e oposição. Para 2019 transitaram 48 milhões de euros que a maioria associa aos calendários do programa de assistência financeira do FAM, à complexidade na formalização de alguns dos processos de liquidação das dívidas, aos processos de dissolução em curso das Empresas Municipais, o atraso de alguns investimentos e a uma gestão “rigorosa e preventiva”.

O PS fala em "incapacidade" da maioria PSD-CDS à frente da Câmara de Aveiro em executar tendo 'por base' o que tinha previsto fazer no orçamento de 2018. Análise feita durante a reunião pública realizada ontem.

A despesa de capital executada em 2018, na ordem dos 42%, foi classificada pelo Vereador socialista,  João Sousa como “muito baixa”. Na avaliação das Grandes Opções do Plano (GOP), o PS votou contra e fala em investimento “muito abaixo do previsto” em áreas como a segurança (Polícia Municipal), educação, saúde, ordenamento do território, cultura ou transportes.

Ribau Esteves, Presidente da CMA disse que “todas as análises de execução têm justificação”. "Ao nível do investimento, 2018 registou um forte crescimento do número de operações em curso, com projetos, concursos e obras, para execução dos financiamentos contratados com os Fundos Comunitários do Portugal 2020, além de muitos outros financiados por outras receitas da CMA".

 

(em actualização)