Últimas horas de campanha em São Jacinto com as eleições intercalares agendadas para domingo.
Há quatro listas candidatas que surgem no rescaldo do processo desencadeado com a renúncia dos eleitos em 2021.
Na lista de votos surgem ordenadas as candidaturas de PSD/CDS/PPM sobe a designação Aliança Com Aveiro que apresenta Arlindo tavares como cabeça de lista; o Partido Socialista com José Ferreira Leite; o Chega com Ricardo Lemos e a CDU (PCP/PEV) que apresenta António Nabais.
A crise política vai permitir clarificação nas urnas com os eleitores chamados a fazer escolhas para o que resta do mandato.
O PS encerrou a campanha às eleições de São Jacinto em ação no salão paroquial da freguesia com palavra contra eventuais receios que os eleitores possam ter caso o PS renove a maioria.
José Ferreira Leite lidera a lista a sufrágio para tentar segurar a única Junta cujo poder maioritário “escapa” à coligação “Aliança com Aveiro”.
Depois de anos de polémica, sob a gestão de António Aguiar, o novo candidato destaca “solidez da Lista” e a “disponibilidade” de todos os seus membros para “servir São Jacinto.
A tónica é colocada na “garantia” de que as “qualidades pessoais e políticas dos candidatos são o sinal de que São Jacinto sabe muito bem resolver os seus problemas”.
O discurso do cabeça de lista acentua a aposta na realização de uma auditoria às contas e à atividade da Junta.
Quer abrir a Junta ao universo Municipal, organizando os serviços e criando laços entre executivo e Assembleia de Freguesia, laços com associações, Área militar, Universidade e paróquia e com a Câmara de Aveiro.
Depois de anos de cisões e polémicas, a normalização de relações com a Autarquia tornou-se o foco das atenções.
“Esse relacionamento passa, desde logo, pela colaboração que esperamos da Câmara com vista ao saneamento financeiro da Junta de Freguesia. Alguns dizem, de forma direta ou mais ou menos subtil, que a Câmara só o fará se na Junta estiver a mesma formação política. Não acredito. Vivemos num Estado de direito democrático, em que o povo pode escolher quem dirige os seus destinos e a lei estabelece as formas de fiscalizar o modo como estes atuam”.
O candidato diz que cabe também à freguesia romper com as barreiras existentes e rasgar horizontes.
“Temos que participar neste programas e nestes planos, temos que desenvolver as nossas atividades de forma integrada com os mesmos, temos que fazer sentir a nossa voz junto da Câmara, como esta faz sentir a sua junto do Governo”.
A candidatura de Arlindo Tavares vai tentar, de novo, chegar ao poder em São Jacinto.
Depois da derrota em 2021 numa corrida que deu a maioria a António Aguiar (PS) e concluindo um processo de crise financeira e política que terminou com a queda dos órgãos da Junta, o cabeça de lista da coligação PSD/PP/PPM apresenta-se perante os eleitores disposto a tentar assumir a liderança.
A candidatura afirma-se pronta para “trabalhar por São Jacinto”.
A mensagem do período de campanha partilhada pelos principais dirigentes políticos assentou na crítica à gestão do Partido Socialista que levou à crise política.
“Depois de cinco anos de uma gestão má e caótica levada a cabo pelo Partido Socialista, que levou a Junta de Freguesia de São Jacinto à ruína e ao descrédito, esta é a oportunidade de eleger para São Jacinto uma Junta de Freguesia que funcione, trabalhe com rigor, transparência e com os Cidadãos”, acentuou a candidatura nas mensagens de campanha e no porta a porta com os eleitores.
A Aliança com Aveiro explica que é tempo de garantir “um Presidente e uma Equipa com formação e experiência de gestão”; Uma Candidatura que aposte em gente que “conheça” a fundo a freguesia; uma gestão assente em “transparência, rigor e seriedade” que garanta “pagamento das dívidas, contas certas e boa gestão financeira” e um plano de ação em “proximidade com os Cidadãos e as Associações”.
A relação entre autarquias que marcou nos últimos anos dos discursos entre as duas margens da ria também esteve presente na mensagem final.
Arlindo Tavares e Ribau Esteves reforçam a necessidade de garantir “uma Equipa de Trabalho entre a Junta de Freguesia de São Jacinto e a Câmara Municipal de Aveiro, com um elevado nível de Confiança e Solidariedade”.
Restaurar a confiança é o mote da candidatura que revela ter feito uma Campanha Eleitoral “determinada, tranquila e próxima dos Cidadãos”, marcada pela apresentação do Candidato, da Equipa e do Programa de Ação para os próximos 3 anos.
A CDU que culpa PS e Aliança com Aveiro pelas roturas diz que tudo fez pela estabilidade.
Sob o lema “Trabalho, honestidade e competência”, diz que segue em defesa do povo e dos seus interesses.
“A lista da CDU não se esconde sob compromissos opacos, sob projetos e interesses pessoais, económicos ou circunstanciais. É por São Jacinto e pelo seu povo que a CDU se apresenta”.
Defende uma “gestão criteriosa e transparente das instituições e dos interesses públicos”.
Ricardo Lemos, do Chega, quer aproveitar os “ventos” que sopram de feição para a direita e espera marcar posição nas eleições.
“Conjugar as últimas sondagens nacionais em que o CHEGA se solidifica como terceira força política com o descalabro que foi a governação socialista na Freguesia de São Jacinto, permite-nos encarar estas eleições com enorme expectativa”.
O candidato apostou nas fotos com o líder do Partido André Ventura e deixou recados internos em São Jacinto.
"Queremos o escrutínio das contas, fiscalização de todas as actividades da Junta de Freguesia e queremos pessoas em que realmente se possa confiar à frente da Junta".
O candidato, antigo militar no RI 10, diz que São Jacinto “merece uma nova vida”.
“Foram 5 anos de socialismo e o resultado é evidente, recheado de dívidas, gestão danosa, processos em tribunal e uma completa desilusão de todos. Os habitantes de São Jacinto merecem mais, merecem contas certas, transparência e mudança. Não entendemos como é que São Jacinto, que reúne condições únicas para ser uma freguesia de referência chega a este estado”.