O Bloco de Esquerda reuniu com a Associação de Defesa do Ambiente de Cacia e Esgueira (ADACE) que relatou episódios de poluição no Rio Vouga e no troço do Rio Novo do Príncipe, de mortalidade elevada de peixes e de proliferação de jacintos-de-água e igualmente dos problemas estruturais do Baixo Vouga lagunar.
O Bloco "lamenta que o Baixo Vouga lagunar continue sujeito a vários episódios de poluição, com pouca fiscalização e pouca capacidade para findar os focos de poluição dos rios" e considera ainda que as águas e a gestão do Vouga "devem ter em consideração as necessidades ecológicas e de proteção da natureza, assim como a compatibilização dos vários usos e atividades económicas, tanto mais quando situado em área protegida. No entanto, a gestão das águas do rio Vouga tem sido definida em função das necessidades específicas da empresa de celulose que todos os anos, durante o Verão, constrói um açude no Rio". O Bloco considera que o novo projeto para o Baixo Vouga Lagunar "deve defender todas as valências económicas (industrial, agrícola, turismo da natureza, etc) mas deve igualmente garantir a proteção ambiental. Assim, qualquer açude no Rio deve garantir caudais ecológicos e a proteção da biodiversidade", sublinham.
O Bloco de Esquerda questionou o Ministério do Ambiente sobre a problemática da poluição, da mortalidade de peixes, a falta de fiscalização e se foram identificados os focos de poluição e os seus responsáveis. Questionou ainda sobre o estado de execução do sistema de defesa primário do Baixo Vouga Lagunar e as suas características de proteção ambiental e de compatibilização dos vários cusos das água.