O Bloco de Esquerda reuniu, ontem, com a AdRA para recolher informações relativas aos custos elevados do serviço e ausência de políticas sociais e defendeu a urgência de inscrever medidas nos programas eleitorais das autárquicas.
Depois das referências ao preço da água, o BE considera “essencial que as autarquias apliquem uma tarifa social automatizada, garantindo um preço reduzido a famílias em carência económica”.
Com esta medida, no universo da AdRA cerca de 26 mil famílias beneficiam de uma tarifa reduzida.
O Bloco considera ainda que o princípio de recuperação de custos, subjacente à aplicação de tarifas, é “errado e castigador da população”.
O BE defendeu o combate ao desperdício com as perdas de água e sugere contenção nos preços que “alimentam concessões”.
“A grande estrutura de custos da AdRA corresponde aos seus contratos com o sistema em alta sendo que o investimento em ata foi, em grande medida, suportado por fundos públicos europeus. Portanto, os cidadãos em Aveiro estão apenas a pagar uma tarifa elevada para garantir elevados lucros ao concessionário da Águas do Vouga”.
Na reunião, o Bloco defendeu que depois das medidas restritivas decretadas em função da pandemia qualquer corte de água seja decidido tendo por base a avaliação por parte dos serviços de ação social e, caso assim se verifique necessário, seja criada uma alternativa social para garantir que quem está em carência económica não se veja excluído do acesso a este bem essencial à vida.