São Jacinto revela que a dívida da Junta de Freguesia ronda os 715 mil euros e que o estado da Junta é pior do que o esperado.
O atual executivo, liderado por Arlindo Tavares, confirma o arresto de bens de uma penhora para cobrança de 19 mil euros de uma dívida total de 26 mil da Junta de Freguesia de São Jacinto a uma empresa multinacional.
Cinquenta e dois dias após a tomada de posse, o novo executivo da Junta de Freguesia de São Jacinto viu-se confrontado com a execução do Auto de Penhora.
Culpa António Aguiar pelo estado a que chegou a Junta de reconhece que não tem sido possível travar todas as iniciativas em marcha.
“A situação da Junta de Freguesia de São Jacinto é muito grave, muito pior do que esperávamos, e tem sido de uma gestão muito complexa e desgastante. Uma gestão tão desastrosa de vários anos não se resolve em 52 dias, por isso continuamos firmes no nosso propósito e estamos a contar com a colaboração da nossa Câmara Municipal de Aveiro para que muito em breve possamos dar uma resposta positiva à Freguesia e à População de São Jacinto, com a apresentação e a formalização da solução de recuperação financeira da sua Junta de Freguesia”.
O atual autarca revela ter conseguido um adiamento de quase dois meses na execução da penhora em causa mas a execução chegou esta semana, na segunda-feira, dia 23 de janeiro, com a remoção de material de escritório e equipamentos do edifício sede da Junta.
“Foi com dor na alma que vivenciamos o que entendemos ser um ato legítimo, mas que representar a perda de património da nossa Freguesia, das nossas Gentes, da nossa Historia, estando nós a poucos dias de celebrar mais um aniversário desta Freguesia no próximo dia 16 de Fevereiro”.
Arlindo Tavares tomou posse a 2 de dezembro de 2022 depois das eleições intercalares de 16 de novembro.
Daí para cá os dias são dedicados a tentar contactar credores, fornecedores e prestadores de serviços a solicitar “compreensão perante a grave situação financeira da Junta” e “algum tempo” para se apresentarem e “acordarem novos, sérios e credíveis acordos de pagamento das dívidas”.
“Temos até à data recebido respostas solidárias e positivas. Infelizmente não conseguimos travar o levantamento dos bens efetuado no passado dia 23 de janeiro, uma vez que o anterior Presidente da Junta, António Aguiar, já havia sido notificado para o efeito”.
A atual maioria revela ter contado com o “bom senso” dos representantes legais da empresa credora em causa, que permitiram, perante a negociação de mais algum tempo, deixar as condições mínimas de atendimento à população.