O mesmo slogan mas ideias e candidatos diferentes e nem uma referência ao autarca que lidera Aveiro há 8 anos.
É assim que PSD e PP anunciam acordo para a renovação da Aliança com Aveiro na candidatura às autárquicas de 2021.
Poucos dias depois do PSD anunciar apoio à recandidatura a autarcas em funções, os partidos da coligação dão sinal de força nas negociações para a preparação de listas.
Os partidos dizem estar a preparar um novo formato e chamam a si a elaboração de listas conjuntas.
“Cumpriremos a constituição de listas eleitorais conjuntas, baseadas na representação dos últimos acordos realizados”.
Anunciam ainda uma candidatura “revigorada com novas ideias e projetos que engrandeçam Aveiro e com os quais os Aveirenses se identifiquem”.
Os dois partidos assumem a aposta numa mudança de ciclo o que parece surgir em contradição com a mais do que provável recandidatura de Ribau Esteves num braço de ferro que indica a discordância da concelhia de Aveiro do PSD com a decisão da direção nacional de Rui Rio.
“Somos leais a Aveiro, estamos e sempre estaremos ao lado de todos os Aveirenses! Vamos apresentar novos candidatos e ideias renovadas num caminho de maior proximidade com todos os cidadãos e de relacionamento com as instituições. Este será o marco de mudança e revigoração positiva. As instituições devem regenerar-se e este será seguramente uma mudança de ciclo fundamental, com novos rostos empreendedores, com vontades e soluções inovadoras que respondam cabalmente aos desafios, necessidades e aos novos paradigmas emergentes”.
Os sinais de afastamento da liderança de Ribau Esteves parecem ganhar força e os partidos que suportam a maioria depois de dois mandatos em que foram várias as polémicas e os sinais de tensão política assumem a aposta num projeto de “humanização” e “efetiva proximidade” com as populações.
Vítor Martins (foto de arquivo), em representação do PSD, e Caetano Alves, em representação do PP, defendem uma governação autárquica baseada num “constante e imprescindível exercício de rigor qualitativo, em pleno e tranquilo diálogo, humano e próximo com as populações”.
“Encontramo-nos num tempo muito peculiar da história da humanidade e o exercício político deve acompanhar e interpretar bem os seus sinais. Queremos traçar um rumo de humanização da ação política e de efetiva proximidade proactiva com as populações, ouvindo e resolvendo os seus problemas. Aveiro continua a deparar-se com grandes desafios. O próximo mandato será o de conferir a Aveiro e à Região o ultrapassar, com resiliência, o amanhã pós-pandémico, o aproveitar da oportunidade do Plano de Resiliência com capacitação dos fundos de apoio europeus e das obras nacionais, num processo contínuo de qualidade de vida, equilíbrio social e desenvolvimento sustentado. Estaremos centrados no reformismo e no personalismo, na dignidade da pessoa humana, na paixão pelo respeito e pela liberdade, valores inalienáveis do ADN Aveirense”.