O Partido Socialista diz que a ida do protocolo com o promotor imobiliário que vai fazer habitação a custos controlados em Aradas chega ao debate fora de tempo.
Manuel Sousa, vereador da oposição e candidato à Câmara, diz que Ribau Esteves apressou tudo colocando projetos concretos à frente da estratégia local de habitação.
No análise prévia em reunião de câmara o vereador diz que o autarca foi ao “som de tambores” à procura de soluções para problemas que afetam o município mas sem a devida ponderação estratégica.
O Partido Socialista diz que a Câmara de Aveiro está a começar a “casa pelo telhado” ao nível da estratégia de habitação.
Com a estratégia de habitação ainda por aprovar mas com projetos privados já em curso, a oposição diz que a maioria está a apostar “em medidas avulso ao sabor da intenção do investimento privado, e das oportunidades criadas pelos fundos comunitários”.
Manuel Sousa recorda que em 2019 alertou pata a Lei da Habitação e para a importância do assunto Estratégia Local de Habitação.
Falta debate, avisa Manuel Sousa (com áudio)
Ribau Esteves responde que a consulta pública do processo termina à meia noite deixando margem para os vereadores do PSD apresentarem sugestões.
O autarca nega que tenha “navegado” à sombra do mediatismo do empreendimento.
Prefere realçar um trabalho pensado ao longo dos últimos dois anos capacitado para ajudar as famílias da classe média.(com áudio)
João Sousa, vereador do PS, reconheceu o investimento municipal na reabilitação do parque habitacional de Aveiro, com destaque para Santiago, mas diz que a autarquia foi pouco previdente na criação de alternativas na habitação a custos controlados.
E neste capítulo questiona a maioiria por não aproveitar o terreno da antiga fábrica da Pinheira, junto ao local onde vai nascer o empreendimento de Aradas, para poder assumir investimento liderado pela autarquia (com áudio).
Em jeito de alerta, o vereador do PS falou sobre exemplos antigos de empreendimentos que vieram a ser subvertidos com cidadãos a comprarem vários apartamentos para mais tarde revender.
Diz que é necesário dar atenção ao cumprimento de critérios para evitar abusos.
Ribau Esteves diz que os critérios a definir vão ajudar a encontrar respostas.
Nascer em Aveiro, residir ou trabalhar em Aveiro vão ser prioritários no normativo que está em construção.
O Protocolo define também que 50% dos fogos a edificar serão vendidos com base num normativo a aprovar pelo Executivo Municipal, que assume desde já a prioridade a pessoas naturais de Aveiro, residentes ou a trabalhar em Aveiro há pelo menos dois anos.