Aprovado Plano de Pormenor do Cais do Paraíso com votos favoráveis da maioria e votos contra dos três vereadores da oposição.
Aberto caminho ao ordenamento do local a partir da construção de um hotel de 12 andares num projeto que tem merecido críticas de setores da sociedade civil e de vários candidatos autárquicos.
Dois deles estiveram na reunião pública de Câmara para manifestar a sua posição e dúvidas.
Paulo Alves, do Nós, e Diogo Machado, cabeça de lista do Chega, levantam dúvidas sobre o processo e a forma como a autarquia conduzido o dossiê.
O candidato do Nós aconselha prudência e alega que a autarquia deveria amadurecer as ideias.
Diogo Machado fala em falta de transparência e questionou a autarquia sobre a estrutura acionista da empresa proprietária do terreno.
Quer saber se existem prazos para a construção do hotel.
Diogo Machado diz que o espaço até à data é um vazio desvalorizado mas que ao ativar, esta via, do Plano de Pormenor, a autarquia acabou por ligar uma "betoneira" capaz de alavancar mais-valias de milhões (com áudio)
Ribau Esteves responde que não conhece informação sobre estruturas acionistas de empresas investidoras.
Esclarece os candidatos autárquicos que podem revogar o plano de pormenor logo que assumam o poder na autarquia depois das eleições de 12 de Outubro mas avisa para os sinais dados ao mercado.
O autarca recorda que não é o Plano de Pormenor que permite o licenciamento do hotel e que essa edificação nunca esteve dependente de tal mecanismo.
Ribau deixa avisos e diz que o mais importante da parte dos candidatos é a forma como se apresentam perante o mercado e a credibilidade das posições da autarquia (com áudio)
O autarca de Aveiro, em últimos meses de mandato, alerta para a percepção negativa gerada no mercado por candidatos que prometem roturas.
Ainda assim diz que todos têm a liberdade de revogar o plano de pormenor desde que ganhem as eleições de 12 de Outubro.
E deu o exemplo da revogação do Plano de Pormenor do Programa Polis quando assumiu a liderança da Câmara de Aveiro.
Quanto ao licenciamento do hotel, entende que não estará para breve uma vez que é necessário garantir projeto.
O autarca diz que será a próxima Câmara a gerir o dossiê.
No debate desta quarta, ficou clara a oposição do PS.
Fernando Nogueira diz que o número de participações públicas simbolizam o ponto de partida do PP do Cais do Paraíso que classifica como “mau”.
E adverte para a eventual falta de condições legais para assumir a votação.
A área territorial de intervenção do Plano de Pormenor do Cais do Paraíso, corresponde a uma superfície total de cerca de 2,71 hectares, entre a Rua do Alavário, Canal do Paraíso, Esteiro do Matadouro, Rua Condessa Mumadona Dias e Rotunda das Pirâmides.
A autarquia revela que estão em curso negociações para aquisição de algumas parcelas de terreno naquela área.
Criar uma zona de transição entre as marinhas e o perímetro urbano central é a aposta do Município.
A pasta passa, agora, para a Assembleia Municipal extraordinária que assegura a votação final do documento no próximo dia 2 de Setembro.