Aveiro revela preocupação pelo eventual aumento de encargos com as tarifas de referência no tratamento de lixo.
Apesar da melhoria de indicadores, em 2022, quanto à redução na produção de indiferenciados, o Município lembra que os valores definidos pela ERSUC no tratamento de resíduos sofreram agravamento de 54% no ano passado sem que fosse repercutido na fatura dos munícipes.
A passagem de um custo de tratamento de 29 euros para 45 euros por tonelada foi suportado pelos cofres da autarquia.
E os sinais dados apontam para novo agravamento em 2023.
João Machado, vereador da Câmara de Aveiro com a pasta do ambiente, lamenta que a ERSAR não tenha dado resposta a essa questão e tenha indicado os valores de 2022 como tarifas de referência deixando as autarquias na interceteza.
Os autarcas estão preocupados e não escondem que o peso da EGF no sistema e em empresas como a ERSUC, responsável pelo tratamento de lixo na região centro, de onde as autarquias foram saindo, torna tudo ainda mais imprevisível (com áudio)
Aveiro elogia o prestador de serviço na recolha e diz que tem vindo a atingir objetivos de redução de lixo indiferenciado.
Na análise aos anos de mandato de Ribau Esteves em Aveiro, João Machado revela que em 9 anos há a registar aumento de 72% na matéria reciclável e que desde a entrada da Veolia na operação de recolha, em 2018, há aumento de 40% nessa recolha seletiva e diminuição no total dos resíduos sólidos urbanos em 2%.
E uma expetativa de aumento com a introdução da recolha de bioresíduos.
Dados que, segundo João Machado, “ficam ainda aquém das metas europeias”.