A deputada do PSD Helga Correia afirma-se preocupada com a qualidade do sinal de cobertura da televisão digital terrestre (TDT) e diz que Aveiro é um dos distrito penalizados.
Este quadro leva cada vez mais famílias a subscrever operadores privados. Numa pergunta dirigida ao ministro da Cultura, a parlamentar social democrata questiona o governante sobre que medidas têm sido implementadas para melhorar a cobertura e disponibilidade de serviços da TDT.
A deputada aveirense apresenta a evolução da taxa de penetração de assinantes de TV por subscrição, divulgados num estudo da Deloitte, segundo o qual ocorreu um aumento do número de “famílias clássicas” a recorrer ao serviço pago de televisão, passado de 70 por cento em 2011 para 91 por cento em 2017. Pegando nestes números, Helga Correia recordou a audição ao presidente do Conselho Geral Independente da RTP, na qual este deu como “inaceitável um cidadão ser obrigado a subscrever um serviço pago para ter acesso à televisão”.
“Conscientes de que muitas famílias portuguesas dispõem da alternativa por subscrição, não podemos deixar de assinalar o relevante papel da televisão digital terreste e o que ela pode significar, inclusivamente, em situações de catástrofes como a que aconteceu no nosso país com os incêndios no ano passado. Falamos de locais distantes, com recursos parcos, onde a rádio e a televisão digital terreste podem fazer a diferença”.
Helga Correia sublinha “as diferenças que existem, do ponto de vista geográfico, relativamente à disponibilidade da TDT”, lembrando que os distritos de Aveiro, Leiria e Porto são os que apresentam disponibilidades de serviço mais baixas, para além de que os problemas com a estabilidade de cobertura e receção do serviço continuam a ocorrer, tendo-se verificado, em 2016, a apresentação de 339 reclamações à ANACOM.
Questiona ainda o Governo sobre as medidas que têm sido implementadas para melhorar a cobertura e disponibilidade de serviços da TDT e para quando está previsto uma taxa de cobertura e sinal a 100 por cento.