O Partido Socialista diz que a Câmara de Aveiro parece "acordar" para a importância do transporte público com as medidas anunciadas de reforço de carreiras e redução de tarifário para utilizadores habituais.
Poucas horas depois da informação prestada pela maioria no executivo municipal de Aveiro, os vereadores do PS assumem ter dado apoio às medidas pelo incentivo ao uso dos transportes coletivos.
Rui Soares Carneiro sustenta essa posição com a evolução no discurso de Ribau Esteves ao longo dos anos na liderança do Município de Aveiro (com áudio)
Quanto ao reforço de carreiras, o PS admite que há boas intenções vertidas no estudo de viabilidade económico-financeira mas quer ver para crer.
O PS diz que se mantêm 4 linhas sem oferta no período noturno, horários muitos espaçados aos fim de semana, falta de reordenamento da localização das paragens, ausência de acesso a zonas industriais e falta de ligação de verão da frente ribeirinha de São Jacinto para a praia.
Razões que levam o PS a encontrar sinais positivos mas ainda carências por colmatar (com áudio)
O PS destaca o “importante reforço de verbas disponibilizado pelo Governo por via do PART (Programa de Apoio à Redução de Tarifário), que capacita o Executivo de disponibilidade financeira para tomar tal decisão”.
Apesar de algum otimismo, os vereadores pedem prudência.
Dizem que em causa está, para já, a solicitação ao concessionário, ETAC, que faça um estudo de viabilidade económico-financeira “por forma poder ser avaliado e decidido qual o grau de medidas de reforço a implementar no terreno, com consequências efetivas para a mobilidade dos nossos cidadãos”.
“Sob este ponto de vista, notamos um virar de página deste Executivo, olhando para a mobilidade e os transportes como uma carência que urge resolver e capacitar no nosso município, algo que temos vindo, juntamente com os nossos cidadãos, a contestar e a apelar nos últimos 10 anos de governação”.
No estudo, o PS diz que continua a faltar considerar a “deslocação de paragens e o aparecimento de novas, nas linhas já existentes, por forma a disponibilizar mais pontos de recolha/largada de passageiros, em locais identificados pela tis.pt no seu estudo, dando evidência aqui a escolas e às zonas industriais, locais de grande afluência de densidade de tráfego e de possíveis utilizadores dos transportes públicos; um maior reforço de horários noturnos, entre as 20h e as 24h, que se verificam em três das doze linhas propostas, mas que mantêm sem serviços neste período quatro linhas, o que permanece como grande fragilidade do serviço afeto a estas populações; e ainda a oferta de linhas durante o período de fim de semana, onde se concentram serviços em horas de ponta, mas que nos restantes períodos do dia continua a haver um défice de serviço, o que continua a demonstrar a falta de habilidade deste Executivo para perceber o âmbito em que deve proporcionar o transporte público, não apenas servindo para rotinas laborais, mas também de acesso a serviços e a lazer”.