O Bloco de Esquerda reuniu com a organização da manifestação “Vidas Negras Contam” que se realizou em Aveiro.
Na reunião, realizada a pedido do Bloco, foram relatados vários dos episódios diários de racismo e discriminação no distrito.
Para o Partido, este quadro, potenciado pela especulação imobiliária aliada à segregação territorial,estará a tornar as comunidades racionalizadas mais vulneráveis ao isolamento, à exclusão social, à precariedade habitacional, à falta ou dificuldade de acesso a serviços públicos de qualidade.
“As comunidades racializadas estão sujeitos a uma maior precariedade laboral, taxas mais elevadas de desemprego, a sub-representação em profissões qualificadas e sobre-representação em profissões menos valorizadas socialmente e com pior remuneração”.
Na educação regista taxas de reprovação mais severas nas comunidades racializadas e um número muito baixo de pessoas racializadas no corpo docente.
No sistema de justiça refere fenómenos de discriminação que se traduzem em “taxas de encarceramento mais elevadas e penas mais pesadas para pessoas racializadas”.
Considera que existe, ainda, tratamento diferenciado por parte das forças de segurança.
Com recurso a dados de um estudo recente, o BE diz que há indicadores preocupantes.
O Bloco de Esquerda considera que é essencial “derrotar o racismo” e está solidário com as lutas anti-racistas por um país solidário e igualitário.
Recentemente o Bloco de Esquerda aprovou no Parlamento uma proposta para a uma “Estratégia Nacional de Combate ao Racismo, a implementar com a participação das organizações antirracistas e representativas das diversas comunidades racializadas, que inclua medidas destinadas a corrigir as desigualdades nas áreas do emprego, da habitação, da educação, da saúde, da proteção social, da justiça e da segurança, entre outras”.