O abate de árvores está transformado no centro do debate político em Aveiro com troca de acusações, denúncia de alegadas agressões e com a autarquia a queixar-se de estar a ser prejudicada na imagem pública.
A Câmara de Aveiro veio, este domingo, a público em “defesa da honra” para esclarecer que a obra, no espaço público, à porta da Escola Básica 2,3 de São Bernardo, é “legal e normal” e acusa movimentos cívicos de agirem com motivações políticas para tentar travar as obras municipais.
A repercussão de um incidente às portas da escola com envolvimento de dirigentes associativos e trabalhadores que procediam ao abate de árvores acabou por desencadear a polémica com Ribau Esteves a dizer que a “honra” da autarquia está a ser colocada em causa.
No caso das alegadas agressões de que se queixam os dirigentes associativos, a autarquia diz que se ocorreram, “a CMA repudia em absoluto esses eventuais atos”.
O autarca repete que a “tentativa de impedir a execução da obra” é “ilegal e imoral” e acusa os dois dirigentes de noutros momentos terem “importunado com palavras” os trabalhadores no local.
Dirigentes que chamaram a PSP para denunciar alegadas agressões mas a autarquia que se preparava para fazer o mesmo e defender os Trabalhadores do Empreiteiro e a execução da obra.
Lembra que o modus operandi é semelhante ao do Rossio que também chegou a meter a Polícia.
O embargo extra judicial pedido pelos dirigentes levou-os ao local, na sexta, para evitar o abate e acabou em alegadas agressões.
Ribau Esteves entende que está criado um circo mediático que tenta criar má imagem à autarquia (com áudio)
Declarações do autarca na passada sexta na reação à denuncia dos dirigentes associativos.
David Iguaz, do movimento Juntos pelo Rossio, lamentava, na altura, o sucedido em São Bernardo e pediu um inquérito da autarquia ao caso.
Disse, ainda, que o recurso à via judicial é o último recurso perante a falta de diálogo (com áudio)
O PS diz que a autarquia deve limitar-se a considerar este processo como caso de polícia e evitar considerações partidárias sobre o mesmo.
Pires da Rosa admite desgaste pelos sucessivos processos mas entende que as funções institucionais obrigam a maior reserva (com áudio)
O PAN já tinha pedido responsabilidades e lamentou o sucedido.
BE solidariza-se com os movimento cívicos e e diz que os atos de violência não podem ser ignorados.
“Condenamos qualquer ato de violência e a desvalorização de um ato de violência. E estamos ao lado da população pela preservação dos espaços verdes contra a política do constante abate de árvores (com áudio)