A Assembleia Municipal de Ílhavo aprovou, por maioria, o Relatório e Contas de 2019 da Câmara Municipal de Ílhavo (com os votos favoráveis da maioria do PSD e do Bloco de Esquerda e a abstenção das bancadas do PS e CDS-PP).
Para os sociais democratas de Ílhavo, a votação reflete “o rigor e responsabilidade, que o executivo camarário apresenta em todas as ações”.
Fernando Caçoilo, líder autárquico, apresentou os dados principais da execução da receita e da despesa (com áudio)
A bancada do PSD destaca, ainda, a presença da autarquia entre os melhores municípios nos rankings financeiros.
"Os princípios de boas práticas de governação autárquica que se materializam no importante reconhecimento espelhado no Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses referente ao ano de 2018, que coloca o nosso Município, entre os 308, no 32.º lugar das Autarquias com maior equilíbrio orçamental”.
Um quadro que a maioria elogia por permitir apoiar o tecido associativo e investir.
“A consequência dos excelentes resultados obtidos permitiu fortificar os apoios financeiros e logísticos às nossas Associações, continuar a disponibilizar recursos financeiros às nossas Juntas de Freguesia e reforçar as inúmeras atividades que têm vindo a ser feitas”, frisam.
Luís Leitão (PS) assumiu as diferenças "quanto ao modo como o Município tem vindo a ser governado ao longo das últimas duas décadas”.
Relembra que o que se verifica, hoje, nas contas é resultado da governação de sucessivas maiorias PSD iniciadas com Ribau Esteves e seguidas em dois mandatos por Fernando Caçoilo.
"Ainda que o valor da dívida tenha vindo a reduzir ao longo dos últimos seis anos e que o seu peso face à dimensão orçamental da autarquia seja suportável, não podemos escamotear que o custo anual da sua existência hipoteca uma parte importante da capacidade financeira da Câmara na resposta aos problemas do presente e aos desafios do futuro, resultante de orçamentos municipais sobredimensionados que não resolveram (os problemas) muitos dos problemas estruturais do Município”, disse.
Esta estrutura financeira, “resultante dos desvios do passado e da falta de rasgo na introdução de mecanismos de eficiência na administração que se arrasta até ao presente, tem servido de álibi à maioria PSD para, ano após ano, aumentar a carga fiscal aos Munícipes”, vincou.
Ricardo Santos do Bloco de Esquerda justificou o seu voto favorável num Relatório de prestação de contas “bem estruturado e justificado, com números entusiasmantes em matéria de resultados financeiros, pautado por uma gestão que se pretende criteriosa e que tem constituído o espírito de uma 'autarquia das contas certas'”.
Para o Deputado bloquista “são o espelho das opções políticas e programáticas do executivo camarário, essas sim, questionáveis e já questionadas aquando da apresentação do Plano e Orçamento”, adiantando que “se os resultados financeiros e a consolidação não deixam motivos de alerta, já a execução orçamental e programática tem ficado sempre aquém do expectável, acreditando que é aqui que a Câmara pode e deve fazer melhor, tirando proveito desses resultados financeiros e aplicando-os em mais investimento”, concluiu.
António Pinho (CDS-PP) disse que as contas apresentadas “refletem as opções políticas” do Executivo e da colocação em prática do seu programa. Falou da “importância de haver rigor nos níveis de execução e na informação prestada. Todos os sinais que vão no sentido do rigor na despesa e na dívida são de enaltecer", vincou.