A Câmara de Aveiro adianta que está a preparar investimentos nas Zonas Industriais com Taboeira à cabeça no âmbito dos programas de fundos comunitários para as Áreas de Localização Empresarial do Centro2020. Questionado sobre a ausência de Aveiro da lista de autarquias com candidaturas aprovadas no mais recente concurso, Ribau Esteves assume que o trabalho de Aveiro segue para novo concurso e que não foi possível apresentar as candidaturas no aviso que garantiu apoios a Estarreja, Albergaria, Vagos, Águeda e Ílhavo.
O tema esteve na agenda do candidato do Partido Socialista à Câmara Municipal de Aveiro, Manuel Oliveira de Sousa, nas passagens por Requeixo, Nossa Senhora de Fátima e Nariz no apoio ao candidato à União de Freguesias, Higino Póvoa.
As áreas industriais de Nariz e Nossa Senhora de Fátima foram referidas como espaços votados ao desinteresse e que o PS vê como sinais de uma política que deixa “investidores a passar ao lado”.
“Perdeu-se, por demora dos atuais gestores políticos da nossa Câmara, mais uma oportunidade de colher mais algum apoio comunitário para qualificar – sim qualificar – estes espaços fundamentais para as comunidades onde estão instalados, mas também para o Município e para o País”.
E nem a promessa de investimento em áreas industriais parece convencer o candidato. “Vem agora uma previsão de investimento, lançada para um prazo conjugado no futuro, para outras Zonas Industriais, também importantes, mas que demonstram a acentuada desconstrução da consolidação do Município, mas também da Região como comunidade intermunicipal”.
Manuel Oliveira de Sousa defende que é necessária “a fixação de um parque industrial concelhio”, contribuindo para a captação de investimentos e para a consolidação do existente. “Com a criação de condições capazes de evitar a dispersão da estrutura industrial no território e assumir a sua concentração em áreas devidamente ordenadas, onde se potencie o estabelecimento de relações de complementaridades e sinergias entre as empresas e indústrias”.
Manuel Sousa considera que há “incapacidade de atrair projetos para Aveiro” mesmo no contexto regional. “Na área do ambiente vemos em Estarreja o Bioria, Ílhavo e Águeda tornam-se Smart Cities e a mobilidade suave é uma realidade em prática em outros municípios enquanto a nova BUGA, já prometida sucessivamente, permanece adiada, talvez para um calendário eleitoralista mais oportuno”.