Alberto Souto Miranda pede “coragem” e “liberdade” aos deputados municipais para chumbarem o Plano de Pormenor do Cais do Paraíso.
Em mensagem aberta, divulgada esta terça-feira, o candidato do PS fala em “dilema cívico” de quem vota esta ação em final de mandato a pouco mais de 40 dias das eleições.
No centro da polémica a viabilização de uma unidade hoteleira de 12 pisos na principal porta de entrada na cidade.
Alberto Souto visa o candidato da Aliança com Aveiro pelo agendamento acusando Luís Souto de estar a ser “conivente com um procedimento pouco transparente”.
“Podia ter tido um assomo de sensatez urbanística. Optou por apoiar uma parolice de betão no local errado. Podia ter tido a coragem de dar prevalência ao interesse público e não de o subjugar aos interesses privados das ilhas Virgens. Mas não: preferiu dar cobertura a um processo já de si muito opaco e não defendeu o interesse público como era sua obrigação”.
Alberto diz que Luís tem esta noite a “última oportunidade de se demarcar deste processo” votando contra.
Quanto aos deputados das diferentes bancadas, pede que pensem pelas suas cabeças.
“Há alguma razão ponderosa e absolutamente urgente que implique que votem como se fossem carneiros cegos, surdos e mudos? Porque o que se vê do projecto é hediondo. O que se ouve do processo é preocupante. Como consentirem calados?”
Alberto Souto entende que este não é um tema partidário.
“Construir ou não construir o mamarracho não é uma questão partidária. É uma questão de gosto pessoal de cada um. Construir o mostrengo de três braços não é uma questão de esquerda ou de direita, é uma questão de passado ou de futuro. Não há disciplina de voto em matérias de gosto. Não se trata de matéria orçamental ou ideológica. Não há mesmo nenhum motivo para que os deputados não votem de acordo com a sua consciência”.
 
 
