A Turismo Centro de Portugal apresentou, em Peniche, o livro “Work From Centro de Portugal” deixando vincada apetência para acolher "trabalhadores remotos".
Esta é mais uma iniciativa inserida num projeto abrangente, que visa promover a região Centro como destino de trabalho remoto para trabalhadores remotos e nómadas digitais, com oferta para todas as pessoas, famílias e equipas que pretendam trabalhar à distância.
Nas páginas do livro contam-se as histórias de pessoas que mostram como é viver e trabalhar em vários pontos do Centro de Portugal.
Rostos de quem se move em setores tão diferentes como a cultura, o desporto, a tecnologia, as artes e ofícios tradicionais.
O livro disponibiliza igualmente uma listagem extensiva de locais com condições especialmente indicadas para quem escolhe a região para trabalhar de forma remota.
O lançamento contou com intervenções de Rita Marques, Secretária de Estado do Turismo, Pedro Machado, presidente da Turismo Centro de Portugal, Henrique Bertino e Ângelo Marques, respetivamente presidente e vereador da Câmara Municipal de Peniche, e Pedro Folgado, presidente da CIM Oeste, na sessão de encerramento.
Antes, uma mesa-redonda juntou Carlos Bernardo, um dos autores do projeto, Larissa Amaral e Felipe de Moraes, nómadas digitais, e Filipa Cardoso, diretora do Departamento de Comunicação e Marketing Digital do Turismo de Portugal.
Na apresentação do livro, Carlos Bernardo explicou que “o nomadismo digital surgiu como necessidade, na altura inicial da pandemia”.
“Sabíamos que era um conceito que vinha para ficar, uma vez que possibilita uma itinerância muito apetecível para muitos. Com este livro, procuramos estruturar a oferta disponível a este nível no território, não só para nómadas digitais, mas também para escritores, artistas e outros profissionais. Há muitas formas de trabalho remoto, sem ser digital, e o território tem de estar preparado para esta realidade”.
Larissa Amaral e Felipe de Moraes ilustraram com a sua experiência as vantagens de trabalhar no Centro de Portugal.
Originários do Brasil, ele engenheiro do ambiente e instrutor de surf, ela arquiteta e tatuadora, percorreram vários pontos do país até se instalarem de forma permanente no Oeste.
“Não trocamos a vida nas Caldas da Rainha por nada”, sintetizaram.Filipa Cardoso destacou o facto de o nomadismo digital possibilitar a criação de “comunidades com interesses comuns, em que o mais importante não é o espaço físico, mas sim o espaço emocional”.
“É muito importante olharmos para este produto segundo esta lógica”, defendeu.
A Secretária de Estado Rita Marques elogiou esta iniciativa da Turismo Centro de Portugal e lembrou as mudanças profundas que a pandemia trouxe a nível profissional.
“A pandemia mostrou a todos a necessidade de termos uma vida mais balanceada. Reunimos todas as condições para afirmar Portugal como um local ideal para visitar e sobretudo para viver – para estudar, trabalhar e ter filhos. As famílias que têm escolhido o nosso país para viver, ou para passar dias ou semanas, são novas janelas abertas para o mundo, que trazem aos territórios oportunidades de evoluir, ficando a par das novas tendências”, frisou.
Pedro Machado enalteceu o facto de este projeto “acompanhar as tendências mais recentes, de pessoas que procuram locais diversificados para trabalhar e viver”.
“A diversidade do Centro de Portugal é uma característica que nos distingue, esta é uma região adequada para desenvolver este segmento. A partir daqui qualquer pessoa pode trabalhar para o mundo”, justificou.Da parte dos anfitriões, Henrique Bertino sublinhou o facto de, desde sempre, as pessoas serem atraídas pela região Oeste.
“Hoje são brasileiros ou ingleses, antes eram algarvios ou nortenhos. A atração natural pelo nosso território sempre existiu”.
Pedro Folgado acrescentou que “o Oeste está no bom caminho, é um espaço de encontro no Centro de Portugal, não só para ser visitado, mas também para trabalhar”.