A Turismo Centro de Portugal garante a entrega de um manual de boas práticas aos operadores interessados em captar a atenção de nómadas digitais.
Essa informação foi deixada no 1.º Webinar "Work From Centro de Portugal” (“Trabalhar a Partir do Centro de Portugal”).
A iniciativa reuniu vários convidados, entre nómadas digitais, empreendedores e empresas, para conversarem sobre o presente e o futuro do trabalho a partir de casa, ao mesmo tempo que apresentou as vantagens que a região Centro de Portugal oferece a quem escolhe este território para o fazer.
Carlos Bernardo e Joana Pires Araújo, do Estúdio Tipo-grafia, apresentaram em seguida o projeto “Work From Centro de Portugal”, que resulta de uma parceria com o Turismo Centro de Portugal.
Esta iniciativa visa ajudar a capacitar os agentes turísticos locais a estarem preparados para responder às necessidades desta nova tendência.
Para tal, está a ser delineado um Manual de Boas Práticas, que irá ser distribuído por todos os intervenientes locais.
Esse manual será apresentado através de um conjunto de workshops de capacitação, dirigidos a entidades públicas, associações e empresas turísticas, entre outras.
O formulário de manifestação de interesse em participar nos workshops está disponível em https://forms.gle/ERSJ9GKYgRc5GeEv6.
O projeto inclui também um microsite, que será inserido no site do Turismo Centro de Portugal (www.turismodocentro.pt) em maio, assim como a publicação de um livro que divulgará os espaços de teletrabalho e funcionará como guia/roteiro tanto para locais/serviços teletrabalho friendly, como para atividades complementares e descrição genuína do território.
Por parte do projeto TravelB4Settle, Miguel apresentou o seu testemunho como nómada digital há quatro anos.
“Já assistimos a muitas mudanças na humanidade. Começámos por ser nómadas, tornámo-nos sedentários e agora estamos no início de uma nova era. Encaro com grande entusiasmo os desafios que temos pela frente”, disse.
O nómada digital elencou aquelas que são, no seu entender, as três vantagens deste modo de vida e de trabalho: qualidade de vida (“podemos escolher onde trabalhamos, os horários, temos controle sobre a nossa própria vida”), maior produtividade a nível individual e menos custos fixos para as empresas, uma vez que os custos inerentes aos escritórios reduzem.
Além disso, haverá um impacto positivo a nível ambiental, pelas horas de trânsito que se poupam. Finalmente, o trabalho em caso abre a possibilidade de deslocação de pessoas para zonas menos povoadas. “Agora que as empresas testemunharam as vantagens deste modelo é pouco lógico voltarmos às realidades pré-pandemia”, assinalou.