A 8.ª edição do TriChallenge decorreu no sábado passado e contou com a participação de 50 duplas.
O TriChallenge, que vai na sua 8.ª edição, realizou-se no passado sábado, envolvendo 50 duplas de atletas de todo o país. Por força das atuais circunstâncias e das medidas de segurança pública impostas pela DGS, tendo em conta a pandemia da COVID-19, o formato da prova manteve-se, mas o número de participantes teve de ser reduzido face às edições anteriores.
A organização deste evento desportivo, que conta com o apoio da Câmara de Águeda, definiu um “percurso competitivo”, que incluiu 38 quilómetros de bicicleta BTT, sete quilómetros em kayak e, para finalizar, 16 quilómetros de corrida Trail, e que teve “um factor de dificuldade acrescido, com a forte chuva que se fez sentir na zona de Águeda, tornando o percurso bastante mais duro e pesado”.
Num ano atípico, o TriChallenge “realizou-se em condições muito especiais”, começou por declarar Sérgio Varela, da organização, acrescentando que a prova impôs desafios tanto a atletas como à própria organização, “que levou a limitar bastante o número de atletas para cumprir as orientações da DGS”. Uma prova que tem “histórico” de atrair a Águeda desportistas de todo o país e que, apesar das restrições, contou com participantes “de todo o Portugal, que vieram a Águeda sem medo da COVID, a saberem que estaríamos a respeitar as regras (definidas pela DGS) e com todos os cuidados necessários”.
Henrique Resende, também membro da organização, salientou a forma positiva como a prova decorreu. “Conseguimos ter aqui uma prova de grau zero; deu-nos muito trabalho e um grande prazer em 2020 sermos uma das poucas organizações a realizar provas e estar no Município de Águeda com uma prova desta envergadura”.
“Admiramos o esforço e empenho da organização e dos demais voluntários que apoiaram mais uma edição do TriChallenge, levando avante esta prova, apesar de todas as contingências”, afirmou Edson Santos, Vice-Presidente da Câmara de Águeda, agradecendo ainda pela presença de todos os atletas na competição.
Francielle Crestan e Andreia Freitas venceram a dupla feminina e ambas estavam, naturalmente, satisfeitas à chegada. “O percurso estava ‘5 estrelas’ e arrancámos bem; no BTT ganhámos uma certa vantagem, na canoagem tivemos um pouco mais de dificuldade e acabámos por perder algum tempo; o percurso da corrida era muito giro, mas extremamente duro e procurámos levar um passo certinho até ao fim para conseguirmos ganhar”, resumiu Andreia, natural de Gouveia. Francielle, que veio do Algarve de propósito para a prova, salientou a beleza do percurso e a organização da competição. “O nosso objetivo era vencer e conseguimos”, declarou.
Ricardo Gomes, um dos vencedores das duplas masculinas, salientou que esta “é uma prova muito dura, mas competitiva” e que “as condições climatéricas foi o aspecto mais difícil”. Não foi a primeira vez que Márcio Cruz (o outro elemento da dupla vencedora) participou no TriChallenge, mas foi a primeira que conquistou. “É sempre bom vencer, ainda mais em casa”, afirmou.
“É sempre muito duro, principalmente o BTT e o trail; apesar da chuva e do terreno um pouco pesado, foi fantástico como sempre”, disse Marisa João, da dupla mista vencedora, a par com Ricardo Varalonga, que destacou a ousadia da organização em realizar a prova em tempo de pandemia. “A grande diferença é a festa do TriChallenge, que este ano não teve a mesma envolvência, com menos pessoas”, tanto em prova como à chegada dos atletas. “Se não houvesse nada disto (COVID), as margens estariam cheias de gente e com mais atletas de vários locais do país que vêm normalmente fazer a prova”, disse Ricardo Varalonga, aproveitando para “dar os parabéns à organização pela forma como realizou esta prova”.
Também Andreia Freitas, da dupla feminina vencedora, deu os parabéns à organização, “porque qualquer pessoa que organize (qualquer prova) nas condições atuais tem que ter uma capacidade de saber gerir as coisas que tem de ser reconhecido; admiro muito quem se propõe a continuar ou a organizar” este tipo de eventos desportivos.
Refira-se que a organização do TriChallenge tomou todas as medidas exigidas pela DGS, GNR e Câmara Municipal de Águeda, contando ainda com o apoio do Núcleo da Cruz Vermelha de Águeda, que com uma equipa reforçada assegurou a assistência a todos os atletas.