A lista “Por uma associação mais forte” que concorre às eleições da Associação de Futebol de Aveiro quer homenagear o passado do futebol indo à memória para dizer que o futebol esqueceu muitos dos seus nomes “grandes”. Fernando Vinagre, antigo secretário-geral, que concorre à cadeira do futebol aveirense, apresentou Gilberto Madaíl como rosto da Comissão de Honra, Armando França como cabeça de lista à Assembleia Geral, Nuno Guerra para o Conselho de Disciplina, Mário Tarenta para o Conselho de Justiça, Dino Rasga para o Conselho de Arbitragem e Carlos Samagaio para o conselho fiscal.
Contrariar as vantagens de quem está no poder e apresentar alternativas é a meta traçada pelo candidato à liderança da AFA. “Estas eleições representam mais um marco histórico na vida associativa. Em 90 anos da AFA apenas em dois momentos eleitorais houve duas listas. A primeira há 30 anos liderada por Gilberto Madaíl. Havia um hábito de um poder constituído, que não é consentido por quem se encontra a gerir. Esse momento histórico há 30 anos foi uma viragem no movimento eleitoral. Muitos ainda recordarão esse momento. Era impensável que alguém que não estava na estrutura concorrer e ganhar. Aconteceu uma viragem. Volvidos 30 anos surgem novas eleições. É difícil concorrer à associação. O poder instalado não permite. Esta lista fora da estrutura é uma grande vitória”.
Garantida a presença na corrida eleitoral com Arménio Pinho, o antigo secretário-geral diz que uma parte do caminho está feita. “Há oportunidade de escolha. Os clubes podem ver qual o melhor programa e só assim podem existir eleições associativas. O poder de escolha é importante. Sabemos que há credenciais de apoio que servem para formalizar uma candidatura mas os cubes são livres de escolher. Essas credenciais não vão condicionar o seu poder de voto. A grande vitória dos clubes é poder escolher livremente”.
A memória e a lembrança foram palavras repetidas por Fernando Vinagre em nome do legado de Gilberto Madaíl como nome histórico do futebol aveirense. “Há aqui pessoas com um passado muito grande na Associação. Essas pessoas nunca foram lembradas. Temos entre nós a pessoa que elevou mais alto o nome da associação e que melhor a representou. Nunca foram atingidos patamares tão altos como sob a liderança de Gilberto Madaíl. Na UEFA e na FIFA esteve sempre no top. Por incrível que pareça não tem um único galardão da AFA”.
“A candidatura visa combater o imobilismo da AFA. Impõe-se uma rotura de modo a que a AFA assuma responsabilidades na gestão e encare com determinação os problemas. Torna-se imperioso o diálogo”. Fernando Vinagre deixa uma crítica ao trabalho dos últimos anos e promete retomar uma liderança forte. “O poder não existiu nos últimos anos. O presidente eleito foi para a Federação e o poder não existiu. Propomos criar relações institucionais e ouvir parceiros do futebol nacional”.
Gilberto Madaíl, elevado à condição de figura da noite, revelou que não estando no dirigismo ativo tem uma preferência nas eleições. “Não é o meu regresso ao futebol. Sempre estive ligado. Manifesto solidariedade ao Fernando. É um homem da AFA. Na minha opinião é quem melhores condições tem para desempenhar o cargo. Contas só no fim mas desejo boa sorte e que o mandato seja um mandato de êxitos”.
AFA Online, transmissão de finais das taças de Aveiro, naming dos campeonatos, portal da AFA, aplicação para as fichas de jogos, redução de custos nas comunicações, gabinete médico na AFA, exames médico-desportivos, campeonato distrital da III divisão low cost, melhorar a relação com clubes e instituições, reduzir o valor pago pelos clubes em seguros e aumentar as comparticipações ao policiamento são as principais apostas definidas.
Duas listas que se aproximam na intenção de levar o futebol para a era digital e que os clubes vão sufragar no da 15 de Maio.
