A direção do Clube do Povo de Esgueira diz que não vai compactuar com atos de indisciplina e promete medidas duras contra adeptos que insistam em atos de violência.
É a tomada de posição depois de conhecida a nota de culpa do Conselho de Disciplina da Federação de Basquetebol na sequência de atos hostis contra a equipa do Imortal em jogo da Liga de Basquetebol que acabou transferido para o pavilhão do Galitos.
Adeptos do Esgueira foram até ao centro de Aveiro e partiram a janela do balneário atribuído à equipa visitante.
Os dirigente tentaram evitar novas ocorrências e assumem o caso.
A multa ficou fixada em 500 euros e os dirigentes dizem “basta” ao tipo de atitudes de alguns adeptos.
Num elogio à grande maioria dos sócios e simpatizantes, a direção confessa tristeza por ver que essa força é, por vezes, manchada por um grupo reduzido.
“Por isso ficamos tristes, insatisfeitos e frustrados sempre que o comportamento de nossos adeptos coloca em causa a imagem, o bom nome e os interesses do Clube do Povo de Esgueira”.
A direção explica que estes casos provocam má imagem e penalizam o clube.
“A nossa indignação e repulsa por tais comportamentos seriam a mesma caso os desacatos tivessem sido perpetrados por um único adepto. Como consequências imediatas surgem os danos ao nível da imagem e do bom nome do Clube, uma multa pecuniária (250 euros) e o pagamento das reparações relativas aos prejuízos causados no pavilhão do Clube do Galitos, para os quais ainda aguardamos as respetivas faturas”.
O Esgueira avisa que próximas ocorrências podem complicar a vida do clube.
“Já as consequências de curto e médio prazo são deveras preocupantes, porque qualquer reincidência dará origem a multas pecuniárias bastante superiores, bem como à perda de apoios financeiros protocolados com a Federação Portuguesa de basquetebol, que podem ascender a dezenas de milhares de euros. Se já éramos críticos deste tipo de comportamentos, dentro e fora de portas, a partir de agora seremos inflexíveis, estando na linha da frente e em total colaboração com as Autoridades, a Federação Portuguesa de Basquetebol e restantes clubes, na erradicação destes comportamentos ou outros, que não dignificam a imagem do nosso Clube nem da nossa modalidade”.
Assume que vai passar a denunciar à Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto comportamentos que se enquadrem como passiveis de análise por tal Autoridade e pondera avançar judicialmente contra quem estiver na origem de perdas patrimoniais e não patrimoniais que venha a sofrer sempre que comportamentos incorretos de adeptos coloquem em causa a imagem, o bom nome e os interesses do Clube do Povo de Esgueira.
“No atual contexto e com a certeza de que os nossos adeptos querem o melhor para o Clube, vamos desenvolver e colocar em prática um programa de sensibilização para a ética e o FAIRPLAY, por forma a promover os valores do clube, as boas práticas e comportamentos aceitáveis num espetáculo desportivo”.
O Esgueira joga, este sábado, em Ovar, frente ao líder da Liga.
Partida com a Ovarense marcada para as 16h.
Nesta partida já não entra o atleta Kobi Nwando que terminou a sua ligação ao Esgueira “por razões pessoais”, regressando ao seu país.
O clube procura um substituto.