Há 18 trabalhadores da SAD do Beira-Mar com contratos suspensos que assumem oposição à viabilização do Processo Especial de Revitalização (PER) e defendem que clube e forças vivas da cidade devem fazer o mesmo para repor “a legalidade”.
Carlos André, antigo diretor desportivo falou, na Terra Nova, para contestar a iniciativa de Omar Scafuro e dos apoiantes da SAD. “É evidente que o voto dos trabalhadores é um não e apelam a que as entidades façam o mesmo. Não podemos aceitar que entidades que não cumprem accionem mecanismos que pressupõem boa-fé. O PER é isso mas tudo o que há é má-fé”.
Carlos André diz que a suspensão de funções foi uma reação à situação vivida na SAD. “Os 18 trabalhadores suspenderam as suas funções porque não queriam participar na ilegalidade e cometer actos danosos para o clube. Acreditam que a cidade irá reconhecer essa lealdade”.
Na hora da tomada de posição deixaram apelo a que o chumbo ao PER II seja assumido por outros credores com peso na viabilização. “Queremos dar voz à insatisfação dos funcionários mas também com a clara injustiça, com o assalto à mão armada que está a ser feito. É um apelo que deixamos perante a incorrecção. É a nossa forma de alertar para a gravidade do que está a acontecer. Há uma clara tentativa de enriquecimento ilícito e apropriação da SAD. O que queremos é um 'basta' e alertar as forças vivas da cidade e o clube que, sendo pessoas de bem, ponham um basta a tudo isto”.
A proposta do PER prevê um perdão de 75% das indemnizações dos trabalhadores, sendo o restante a pagar em 36 meses, incluindo 12 meses de carência.