A África do Sul foi a grande dominadora dos Kneeboard Surfing World Titles 2022 que terminaram com a disputa das finais nas 11 divisões em competição e ainda com o embate entre selecções nacionais.
E se a África do Sul brilhou ao conquistar cinco títulos mundiais nas diferentes categorias, Tom Gray foi a estrela da equipa ao sagrar-se campeão mundial em Open Men e em Masters (dos 40 aos 44 anos).
O domínio em Open foi tal, que a três minutos do fim da heat, Tom Gray saiu de água com os três adversários a necessitarem de combinação (ou seja, a precisarem de duas notas) para o derrotar.
Já no confronto por selecções nacionais, a Tag Team, a África do Sul, com Tom Gray na equipa, confirmou o domínio que demonstrara nas diversas divisões.
E se foram consagrados 11 kneeboarders como campeões mundiais, quem verdadeiramente ganhou o ouro na praia da Costa Nova foi uma banhista que ficou em grandes dificuldades no mar e foram, precisamente os atletas, inclusive um que estava em prova, que a resgataram e puseram a salvo no areal.
Entre os representantes portugueses, destaque para Tomás Freitas, atleta de para surfing de Viana do Castelo, que se sagrou vice-campeão do Mundo em Juniors, com Maximillian Elvang, da Ílhavo, a ficar com o terceiro lugar, relegando o francês Antoine Baney para último da final ganha, claramente, pelo francês Loris De Marco.
No entanto, Maximillian Elvang, por ter apenas 12 anos, portanto do escalão Cadet, acabou por se sagrar campeão do Mundo desta categoria.
Os outros dois portugueses que estiveram na final de Pro Juniors, Bernardo Figueiras ficou com o bronze, enquanto João Velhinho terminou em quarto, com o norte-americano Kevin Skvarna a sagrar-se campeão do Mundo.
No tocante à Tag Team, a Selecção Portuguesa ficou-se pelas meias-finais, numa disputa renhida com a França, que acabou por perder por décimas.
Nas demais categorias, os Estados Unidos da América lograram conquistar três títulos, a Austrália dois e ainda a França um.
Pela África do Sul sagraram-se campeões do Mundo, para além de Tom Gray, Gigs Celliers, em Kahunas (dos 50 aos 54 anos), Linda Ash, em Open Women, Lester Sweetman, em Grand Master (dos 45 aos 49 anos).
Em segundo lugar, os Estados Unidos da América venceram títulos mundiais através de Scott Wessling, em Immortals (mais de 65 anos), Kevin Skvarn, em Pro Juniors (dos 20 aos 24 anos) e Samuel Coyne, em Seniors (dos 30 aos 39 anos).
Para a Austrália viajam os títulos Mundiais de Legends (dos 60 aos 64 anos), por Baden Smith, e Veterans (dos 50 aos 54 anos), por Gavin Colman, enquanto para França vai o título mundial de Juniors, por Loris De Marco.
Durantes os seis dias de competição, que, no fundo, foram apenas cinco, foram surfadas 1910 ondas, tendo a melhor onda dos Kneeboard Surfing World Titles 2022 sido conseguida pelo brasileiro Diego Azevedo, com 9.50 pontos.
Terminou em grande festa na praia o Mundial de Kneeboard Surfing que pela primeira vez se realizaram em Portugal, com a entrega de prémios e a consagração dos campeões mundiais.
A organização portuguesa foi muito elogiada por todas as representações presentes na edição 2022 dos Kneeboard Surfing World Titles.
“A organização de Portugal foi fantástica e pudemos passar uns dias excelentes aqui na Costa Nova e pudemos fazer um surf de grande qualidade”, referiu o neozelandês Kelvin Weir, o novo presidente da World Titles Kneeboard Surfing (WTKS), eleito na reunião realizada na Costa Nova durante o campeonato.
“Melhorar a comunicação junto de outros países, para que mais participem e ajudar os diferentes países a terem entidades organizadoras de eventos mais robustas” são as principais apostas da nova Direcção da WTKS, que quer ainda “facilitar a comunicação e a interacção entre os kneeboarders de todo o mundo”, para que “a comunidade esteja mais próxima e interaja mais”, porque “a competição é boa, mas o convívio da comunidade é mais importante para tornar o desporto mais forte”.
Para Kelvin Weir, “o desenvolvimento do kneeboard passa por ter os kneeboarders de topo nas provas para atrair os mais jovens”.
Por outro lado, o neozelandês, de 33 anos, justifica o ter aceitado ser presidente da WTKS como um agradecimento: “O kneeboard já me levou a todo o Mundo e esta é uma forma de eu retribuir à modalidade”.