Pedro Moreira afirma que o Beira-Mar carece de experiência e só em trabalho de melhoria continua vai conseguir recuperar mais rapidamente uma posição no futebol nacional.
O capitão de equipa, jogador com mais jogos na história do clube, fala sobre a entrada nos distritais e a pressão da subida. Refere que essa pressão vai estar sempre presente qualquer que seja o orçamento ou o campeonato.
Admite que a equipa pode estar a sentir dificuldades pela criação de uma nova estrutura de base no verão de 2016.
“Acho que é um erro mudar tudo de uma época para a outra. E se calhar estamos a pagar a fatura disso. Do plantel do ano passado ficamos com poucos jogadores. Há qualidade mas o entrosamento leva tempo e o Beira-Mar com a ansiedade de chegar rapidamente aos nacionais e profissionais não tem essa margem de manobra. O que correu mal no ano passado teria que se melhorar e este este ano igual. Se não se conseguir para o ano teremos que estar mais fortes mas assumir a subida é obrigatório. Esse é o caminho”.
Pedro Moreira em entrevista ao programa “Conversas” falou, ainda, sobre a competitividade do campeonato Safina para dizer que o clube deve munir-se de todos os recursos para afirmar a sua posição. E lamenta que os dirigentes com experiência não tivessem dado um passo em frente para ajudar ao processo de refundação (com áudio).
Na entrevista que pode ser ouvida, esta quarta, às 19h, o capitão que hoje é profissional numa oficina de bate-chapa e pintura lamentou a mudança de Mário do Beira-Mar para um adversário direto, reconhece o carácter místico do antigo Mário Duarte, as virtudes da refundação, a margem de progressão do clube e a necessidade de fazer a afirmação com recurso aos ativos mais experientes no campo do dirigismo.
No caso da vida pessoal assume que a mudança foi pensada e diz não ter sentido o fim da sua carreira profissional com choque. E deixa camiho aberto a uma carreira no futebol. “Seja como treinador ou como gestor”, anuncia Moreira que admite voltar aos estudos para trabalhar essa componente de gestão.