João Figueiredo admite que estava na hora de deixar o basquetebol de alto nível para dar lugar a novos valores. O base do Illiabum encerrou a carreira aos 37 anos depois de seis épocas em Ílhavo.
Em entrevista ao site da Federação de Basquetebol admitiu que o momento não foi fácil. “Apercebi-me de que esta seria a altura indicada a meio da época. Embora me sinta capaz física e mentalmente, sei e sempre soube que queria acabar a minha carreira de forma digna. Ou seja, delineei três pontos fulcrais para o término enquanto jogador profissional: estar fisicamente bem e sem lesões, colocar o Illiabum Clube no topo do basquetebol português e ser uma referência neste clube. Estando estes três objetivos alcançados acho que é a altura certa de dar oportunidade aos mais jovens”.
O internacional lembra a estreia na Liga aos 16 anos e o percurso por emblemas de referência. “Tive vários momentos importantes durante a minha carreira: estreia na já extinta LCB com 16 anos no Beira-Mar, a primeira vez que me sagrei campeão pela Portugal Telecom, vencer a Taça da Liga pelo Lusitânia (era uma equipa outsiderque até então nunca se tinha qualificado para os playoffs), assinar pelo FC Porto e, claro está, estreia na Seleção Nacional A. Sempre tive um leque de possibilidades vasto, com convites de várias equipas em Portugal ou no estrangeiro, por isso, traçando o meu trajeto desportivo desta forma, não mudaria nada”.
Ligado ao minibásquete no Illiabum Clube, João Figueiredo promete continuar ligado ao basquetebol. O presidente do Illiabum, em carta aberta, agradeceu o contributo e deixou elogios ao atleta.
“Todos no clube, colegas, sócios, directores, funcionários e certamente adeptos em geral, lhe estão gratos e reconhecidos pelo trabalho que sempre desenvolveu e pelo que deu à modalidade, pelo carácter como atleta, pela sua classe, pelo Homem que é e como sempre se manifestou, constituindo uma enorme mais valia e exemplo para todos, constituindo-se como o último grande símbolo do clube, a figurar na sua história a par de outros que por aqui passaram e ainda passam.”