Pedro Abrunhosa, Gisela João e Yamandu Costa no Cineteatro Alba.

Pedro Abrunhosa, Gisela João e Yamandu Costa no Cineteatro Alba. Estão apresentados os principais nomes para o segundo trimestre.

Abrunhosa (na foto) regressa ao Cineteatro Alba para apresentar o seu oitavo disco de originais Espiritual. Acompanhado pelo Comité Caviar, o artista do Porto sobe ao palco na noite de 20 de abril para tocar as novas músicas que, segundo ele próprio, vão beber à “fundura dos mundos”.

Gisela João, considerada uma das vozes mais arrebatadoras do Fado, é outro dos nomes em destaque na programação do segundo trimestre de 2019. A 18 de maio, e inserido no Ciclo do Fado, a cantora vai dar uma “roupagem nova” às suas canções com a Orquestra Filarmonia das Beiras. Do ciclo faz ainda parte um concerto com o grupo de Fado de Coimbra Os Pardalitos do Mondego, na noite anterior.

O projeto Cultura em Rede, promovido pela Região de Aveiro, está também de regresso à maior sala de espetáculos de Albergaria-a-Velha com propostas que passam pela música, pela performance e pelas artes visuais.

A 23 de maio, a performance Cardápio-Palermo alude à “redistribuição do pão nosso da criação artística” pela comunidade, enquanto o projeto audiovisual O Caminho do Moleiro “Quem me dera que eu fosse o pó da estrada” pretende ser uma construção metafórica de uma narração sobre os antigos impulsos ajuizadores sobre a Culpa e o Ser. A 25 de maio, Percursos pela Arquitetura – Relações entre Corpo, Movimento e Espaço inspiram-se na temática da farinha e da confeção do pão para criar uma perspetiva inovadora.

A performance antecede o concerto com o brasileiro Yamandu Costa, um dos maiores talentos do violão brasileiro, que partilha o palco com o fadista Ricardo Ribeiro, numa verdadeira sinergia musical.

O Festim – Festival Intermunicipal de Músicas do Mundo é já uma tradição no Cineteatro Alba e, este ano, as propostas são o Flamenco de Rocío Márquez (21 de junho) e os cubanos Vocal Sampling (13 de julho), que imitam os mais diversos instrumentos musicais utilizando simplesmente as suas vozes.

A encerrar as propostas musicais, os novos talentos têm lugar marcado às quintas – João Só (23 de maio), Vítor Hugo (13 de junho) e Beatriz Pessoa (18 de julho).

Na dança, This is not ur cup, da coreógrafa Elisabeth Lambeck, é apresentado a 18 de abril, uma produção Palcos Instáveis – Segunda Casa sobre a evolução da Humanidade.

Já a 3 de maio, o romance de Jorge Amado, Capitães de Areia, é traduzido em movimento no espetáculo Margem, de Victor Hugo Pontes, que questiona a nova realidade social de crianças e jovens abandonados.

Em termos de produção local, a sexta edição de Pontes Sonoras (14 de abril) apresenta uma nova criação artística com os utentes da APPACDM de Albergaria-a-Velha, que demonstram que as limitações físicas ou mentais não são impedimento para vivenciar a Cultura.

As pessoas seniores do Município também mostram o seu talento para o teatro em O Tempo perguntou ao Tempo (2 de maio), uma peça construída em conjunto no âmbito da Oficina de Teatro do Programa Idade Maior.

Finalmente, uma referência ao Espetáculo Anual de Jazz do Conservatório de Música da Jobra a 11 de maio. O Jazz’ ART com… Blues propõe uma viagem sonora por este estilo musical nascido no sul dos Estados Unidos em finais do século XIX.

 

foto: Arlindo Camacho