A “alma” dos atores da comunidade que participaram na encenação da peça “O lugre”, ontem apresentada no Museu Marítimo de Ílhavo, foi a chave para o sucesso da iniciativa.
Ideia transmitida no final por Arlindo Silva, ator do Circulo Experimental de Teatro de Aveiro, que deu apoio ao trabalho de encenação de Graeme Pulleyn, inspirado nos textos de Bernardo Santareno.
Arlindo Silva recordou palavras do escritor e antigo médico da frota bacalhoeira que numa apresentação em Lisboa, nos anos 50, destacava essa relação da comunidade aveirense e ilhavense com o mar (com áudio).
O Museu Marítimo de Ílhavo celebrou o Dia Internacional dos Museus com o projeto de teatro de comunidade que ontem se estreou e que hoje é, de novo, apresentado em espaços do Museu.
Começou no átrio, esteve na sala da Faina Maior, no convés da embarcação que evoca os lugres bacalhoeiros e passou pela sala dos mares onde se assistiu à recriação de vivências a bordo do lugre. A morte, a tragédia e os conflitos entre a tripulação são marcas de uma peça com “carga dramática”.