Último dia no Campus Jazz.
O projeto “Kitsungi”, do pianista Luís Figueiredo e do saxofonista João Mortágua, encerra a programação do Campus Jazz, ciclo promovido pela Universidade de Aveiro (UA).
Noite de concerto no auditório da Reitoria que se segue à entrega de prémios.
Antes, às 15h30, também integradas no Campus Jazz, haverá Jazz Talks.
As Jazz Talks, II Encontro Internacional de Jazz da Universidade de Aveiro, evento também integrado no Campus Jazz, decorrem na Sala de Atos Académicos, edifício Central e da Reitoria da UA.
Estas Talks começam com Wayne Winborne, diretor executivo do Institute of Jazz Studies & Newark Archives, da Rutgers University, onde está alojado o maior arquivo universitário de jazz do mundo.
A mesa redonda “Lugares com swing: Investigação, Ensino e Experiência” tem início às 17h00 e nela participa Adriana Duarte, uma das filhas do divulgador José Duarte, que falará sobre o que é crescer numa casa de jazz.
Participa ainda Miguel Lourenço que abordará o trabalho do Arquivo Nacional do Som e do Hot Club Portugal.
Leonardo Pellegrim dará a conhecer a Associação Porta Jazz, Hélder Bruno Martins explicará a intervenção do Centro de Estudos de Jazz da UA, Ricardo Pinheiro explanará o jazz na Escola Superior de Música de Lisboa (ESML) e Pedro Guedes traçará um quadro do jazz na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE).
Os eventos estão agendados para esta sexta (3 de dezembro), decorrendo o concerto “Kitsungi” no auditório da Reitoria da UA, logo após a entrega dos prémios do Concurso Internacional de Jazz da UA que está agendada para as 21h00.
“Kitsungi” é uma antiga arte japonesa, mais do que uma técnica de reparação de cerâmica.
É uma posição filosófica que aceita as falhas e os defeitos e os transforma em beleza. Um objeto partido não é, portanto, um objeto menor, mas antes uma peça que foi enriquecida pelo curso da vida nos seus vários percursos e percalços.
Em “Kitsungi”, João Mortágua, ocupa-se da composição, saxofones, flautas, percussão, eletrónica, e Luís Figueiredo, da composição, piano, teclados, percussão, eletrónica, programação de caixa de ritmos.
“Improvisar sobre improvisações, aceitar erros e falhas e criar em cima disso; recriar com base em elementos pré-gravados (pedaços de melodias, ruídos de rua, entre outros), juntando eletrónica e overdubs, por exemplo”, explica Luís Figueiredo sobre o trabalho do duo, dois músicos que já de conheciam antes mas que decidiram conjugar esforços recentemente.
O álbum ‘Kitsungi’, lançado na primavera pela Roda Music – editora criada pelos músicos Rita Maria, Mário Franco e Luís Figueiredo -, é um testemunho desse princípio, esclarece-se ainda: “uma coleção de improvisações onde estilhaços de música e explorações em tempo real se juntam para formar peças musicais”.
Segundo o sítio da Internet ‘Jazz.pt, “’Kitsungi’ representa um passo adiante nos sólidos percursos já trilhados por João Mortágua e Luís Figueiredo.
O duo atua no auditório Renato Araújo, no edifício da Reitoria da UA, a 3 de dezembro, às 21h00, com bilhetes a 7 euros para o público em geral e 5 euros para estudantes e seniores, funcionando a bilheteira exclusivamente online.