O Instituto Confúcio da Universidade de Aveiro (IC-UA) assinala o Dia da Língua Chinesa na semana em que celebra o seu 7.º aniversário.
Esta sexta, às 16h30, o IC-UA lança o segundo número de “Rotas a Oriente. Revista de estudos sino-portugueses” e inaugura a sua Biblioteca que passará a estar disponível para toda a comunidade académica.
Em 2010, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o “Dia das Línguas”, com o objetivo de celebrar o multilinguismo e a diversidade cultural e de promover o uso efetivo das seis línguas oficiais da organização (árabe, chinês, espanhol, francês, inglês e russo).
Desde então, o Dia da Língua Chinesa – a língua materna de cerca de um quinto da população de todo o mundo – é celebrado a 20 de abril, dia que assinala o início do 6.º termo solar (Gu yu, em língua chinesa) do calendário tradicional chinês, instituído para homenagear Cangjie, historiador oficial do Imperador Amarelo e inventor dos carateres chineses.
Os 24 termos solares (Património da Humanidade)
Em tempos remotos, os chineses, com base na observação da posição e do movimento do Sol, dividiram o tradicional calendário lunar em 24 termos solares (seis por cada estação do ano) para indicar as mudanças climatéricas e orientar as pessoas nas atividades agrícolas ao longo do ano.
Os 24 termos solares – a quinta grande invenção da China – passaram a integrar a lista do património cultural imaterial da Organização das Nações Unidas, em 2016, por constituírem um legado que evidencia a sabedoria do povo chinês para viver em harmonia com a natureza.
Significando literalmente “chuva de grãos”, o 6.º termo solar (Gu yu) assinala o fim da primavera e o início do verão.
Começa a 20 de abril, quando o sol chega à longitude eclíptica de 30 graus, e termina a 4 de maio.
Esta é a melhor época para semear e plantar, uma vez que, segundo um ditado antigo chinês “a chuva traz consigo o crescimento de centenas de grãos”.
Este foi também período de inauguração do Instituto Confúcio da Universidade de Aveiro (23 de abril de 2015).