A Filarmónica Gafanhense promove o concerto "Danças Sinfónicas".
Evento este domingo a partir das 16h na Fábrica das Ideias, na Gafanha da Nazaré.
Espetáculo integralmente produzido pela Orquestra Filarmónica Gafanhense, que conta com a participação do docente Jorge Castro Ribeiro (UA, INET-md).
Esta proposta é apresentada em modo Concerto Comentado, partindo das “Danças Sinfónicas” do compositor Leonard Bernstein como obra central do programa.
Alia a dimensão artística a um projeto de formação de ouvintes.
O programa explora o Pós-Moderninsmo com referência a obras de Dmitri Shostakovitch (1906-1975), Alexandre Arutunian (1920-2012 e Leonard Bernstein (1918-1990).
A Filarmónica Gafanhense assume que pretende “continuar a afirmar-se nos grandes palcos”.
Paulo Miranda, presidente da direção da Filarmónica Gafanhense, destaca uma mão cheia de projetos que “marcaram profundamente a vida da orquestra”.
Nos últimos anos, interpretaram, em palco, a banda sonora de “Play, the film”, uma performance da companhia Cão Solteiro e de André Godinho que misturava o teatro e o cinema; no dia 25 de abril 2019, foram responsáveis pela abertura das comemorações da Revolução dos Cravos no palácio de São Bento, residência oficial do primeiro ministro; em agosto também de 2019, a orquestra da Gafanha da Nazaré abriu o Festival Bons Sons, em Cem Soldos, Tomar e, dois dias depois, no Festival do Bacalhau, subiu a palco para “um concerto memorável” com Dino D’Santiago; por fim, a 31 de outubro, no âmbito da Milha – Festa da Música e dos Músicos de Ílhavo – apresentou, na Casa da Cultura, a primeira parte da banda sonora de “Heróis do Mar”, num projeto de recuperação histórica da banda sonora e das vozes do único filme português de ficção sobre a pesca do bacalhau.
O maestro Henrique Portovedo assume que pretende guiar uma formação capaz de se “refrescar ideologicamente”, de “provar que tem todas as condições para ir além das festividades populares e procissões e de vincar a sua presença em palcos mais eruditos”.
Por isso tem vincado a “nova identidade” enquanto orquestra.
“Somos uma banda sinfónica, mas a verdade é que a nossa filosofia e a nossa atitude não podem ir de encontro ao conceito mais vulgarizado de banda de entretenimento”.
“A Gafanha da Nazaré tem, nos seus músicos, uma matéria-prima riquíssima. A grande meta é fazer de cada um deles um artista”, explica Henrique Portovedo.
Este é também um manifesto de intenções para com a comunidade.
“É nosso objetivo estimular nos músicos, mas também no público o pensamento e a sensibilidade artística por os considerarmos fundamentais para o desenvolvimento do ser humano”, remata o maestro.