O filme “Boca do inferno” de Luís Porto, venceu o “18º Bragacine, Festival internacional de Cinema Independente de Braga”, sendo distinguido, entre outros, com o Grande Prémio do festival.
“Boca do inferno” é uma produção à volta de um encontro entre o poeta Fernando Pessoa e o ocultista inglês Aleister Crowley em 1930.
Rodado no Claustro do Mosteiro de São Bento da Vitória, este filme de época encontrou neste espaço uma inovadora forma de permanente transformação que permitiu ali filmar o Terreiro do Paço, o café Martinho da Arcada, a praia ou o quarto de Fernando Pessoa.
Estreado no Festival AVANCA 2019, esta obra de Luís Porto recebeu em Braga 5 dos prémios do festival, cujo júri foi presidido pelo artista plástico Júlio Antão.
O argumentista e também protagonista do filme (interpreta Fernando Pessoa), Jaime Monsanto foi distinguido com o Prémio Melhor Argumento.
Manuel Pinto Barros, que dirigiu a imagem do filme, ganhou o Prémio Melhor Fotografia. António Costa Valente foi distinguido com o Prémio Melhor Produtor.
Finalmente Luís Porto ganhou o Prémio Melhor Realizador.
Luís Porto, com o seu filme anterior “Deus providenciará”, tinha já sido premiado no Festival AVANCA em 2015.
O festival ainda premiou a curta metragem “Confinamento descontente” de Rui Nunes, com o Prémio de Melhor Curta Metragem e Melhor Ator. Este filme também estreou no Festival AVANCA, integrando o primeiro Drive In que aconteceu no nosso país, após o primeiro confinamento do ano.
Curiosamente, o Bragacine também homenageou este ano o diretor de fotografia Francisco Vidinha, que no início do desenvolvimento do projeto “Boca do Inferno”, tinha já colaborado na procura da imagem desta obra cinematográfica.
Tendo decorrido maioritariamente on-line, a cerimónia de entrega dos prémios do 18º Bragacine decorreu numa das salas bracarenses do complexo Cinema Place.
“Boca do inferno” foi igualmente exibido na passada semana no Brasil, integrando a programação do “20º Festival Iberoamericano de curtas metragens CURTA SE” que se realizou na cidade de Aracajú, tendo sido projetado num espaço “Drive In”.
O filme integrou uma seleção de filmes portugueses que incluiu “murmuratorium - rumos e rumores” de Luís Margalhau, “Carnaval Sujo” de José Miguel Moreira, “A Tua Vez” de Cláudio Jordão e David Rebordão, “(in)utilidades” de Joaquim Pavão e o documentário de longa-metragem
“Sobre sonhos e liberdade” de Marcia Paraiso e Francisco Colombo.
“Boca do inferno” é uma produção para a qual a Filmógrafo conseguiu um apoio do ICA / Ministério da Cultura e onde o Cine Clube de Avanca participou nos vários momentos.