Beethoven e Amália marcam o cartaz dos Festivais de Outono 2020.
“Ainda que, estilisticamente, não se possa traçar uma linhagem comum a estes dois músicos, a influência social e humana que ambos têm, ainda nos dias de hoje, é inegável”, explica Pedro Rodrigues, diretor artístico dos Festivais de Outono, referindo-se a Beethoven e Amália.
O ciclo promovido pela Universidade de Aveiro (UA), de 30 de outubro a 26 de novembro, assinala, respetivamente, os 250 e 100 anos do genial compositor alemão e da diva do fado.
Foram tomadas medidas para garantir segurança de quem assiste presencialmente, embora os eventos sejam também transmitidos em streaming.
Os Festivais de Outono de 2020 têm, para o diretor artístico e professor do Departamento de Comunicação e Arte da UA, um significado especial.
O significado especial advém, portanto, entre outros aspetos, ao assinalar os 250 anos do nascimento de Beethoven e os 100 do nascimento de Amália.
Do compositor alemão ouvir-se-ão sinfonias e sonatas em quatro momentos.
No Concerto de Abertura, esta sexta, dia 30 de outubro, às 21h30, no Auditório Renato Araújo, Reitoria da UA, em dois momentos do ciclo Beethoven constituídos por sonatas – 7 de novembro, às 21h30 (auditório Renato Araújo), e no dia seguinte, às 17h00 (Centro Cultural de Ílhavo) - e no Concerto de Encerramento, a 26 de novembro, pelas 21h30, como habitualmente, no Teatro Aveirense.
No Concerto de Abertura participam a Orquestra Filarmonia das Beiras e, como solista, estará o luso-americano multipremiado Eliot Lawson, ao violino, que tem atuado com diversas orquestras em Portugal e no estrangeiro. A direção cabe a Leandro Alves, maestro convidado.
A Homenagem a Amália está agendada para 13 de novembro, às 21h30, no auditório Renato Araújo, Reitoria da UA, pelo fadista Miguel Xavier, uma das vozes talentosas da nova geração de fadistas, elogiado por Ricardo Pais e Camané vencedor do Concurso de Fado de Lordelo do Ouro.
“Os Festivais de Outono têm o privilégio de poder continuar a divulgar os compositores portugueses contemporâneos, as novas vozes do jazz, os jovens músicos formados pela Universidade de Aveiro, os projetos aqui realizados, os nossos alunos e professores”, escreve Pedro Rodrigues que destaca a presença descentralizada na região.
“À semelhança do ano anterior, os Festivais de Outono irão, para além de Aveiro, percorrer as cidades de Águeda, Ílhavo e de Oliveira de Azeméis, cidades que engrandecem a missão da Universidade de Aveiro”.