Com acusações de abuso de poder, o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal pediu a intervenção da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) para verificar o cumprimento da lei do conjunto de trabalhadores da Fundação Bernardo Barbosa de Quadros em Rocas do Vouga.
Em causa, segundo o CESP, a alegada ordem da direção liderada por Almiro Machado que é, simultaneamente, presidente da Junta de Freguesia de Rocas, para cumprimento de funções não atribuídas.
Há trabalhadores com queixas de estarem a ser forçados a cumprir tarefas não atribuídas.
Segundo a estrutura sindical existirá um quadro de abuso que pode colocar, por exemplo, uma escriturária a limpar o jardim ou as casas de banho.
Queixas que foram recorrentes no tempo da pandemia, em várias IPSS da região e do país e que, atualmente, ainda continuam a marcar o dia-a-dia de algumas instituições.
Fonte sindical admite a existência de mais casos mas coloca o de Rocas como o “mais grave”.
A Instituição Particular de Solidariedade Social, sediada em Sanfins, freguesia de Rocas do Vouga, concelho de Sever do Vouga, tem valências como Estrutura Residencial para Pessoas Idosas, Serviço de Apoio Domiciliário, Centro de Dia, Centro de Convívio, Cantina Social, Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social.
Acolhe 39 utentes em lar, 22 em centro de dia e 25 em apoio domiciliário e o serviço é assegurado por 50 funcionários.
A direção é assumida por autarcas locais (Câmara e Junta), docente e Pároco com o autarca de freguesia na liderança.
Perante as acusações de abuso de poder, a direção afirma-se tranquila e pronta para dar esclarecimentos à ACT.
Assume incómodo por ver o nome da IPSS na cena mediática e diz que vai reagir ao que considera uma invasão das instalações por parte do Sindicato, em ação sindical, na sexta passada, com efeitos negativos para a imagem.