Reitor da Universidade de Aveiro revela que "há ainda um mercado bastante importante" para captar alunos estrangeiros.

2021-11-30 09:31

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Portugal ocupa uma posição de destaque ao nível de alunos estrangeiros provenientes da América Central e do Sul (44%) e de África (30%), no total do contexto nacional do ensino superior, mas os reitores revelam que há margem para melhorar.

O número de estudantes estrangeiros em Portugal tem vindo a aumentar progressivamente e quase duplicou de 2011/2012 para 2020/2021.

No ano letivo de 2020/2021 registou-se uma quebra de -10% face ao anterior devido aos impactos da pandemia, com a redução circunscrita aos estudantes em regime de mobilidade.

O ensino superior público representa 78% do total de estudantes estrangeiros inscritos em 2020/21.

Dados que mereceram análise no Universities Portugal, projeto que integra as 16 instituições de ensino superior membros do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas.

O estudo compilado pela Universities Portugal foi apresentado pelo Reitor Paulo Jorge Ferreira, da Universidade de Aveiro, a instituição anfitriã do evento.

Segundo o Reitor da Universidade de Aveiro, “os estudantes vêm de países que têm proximidade com Portugal, seja linguística, cultural ou geográfica”.

“Portugal e Espanha aparecem como principal destino europeu dos estudantes outgoing da América do Sul, mas em muitos casos não são o principal destino em absoluto, o que significa que há ainda um mercado bastante importante neste contexto, particularmente para Portugal, onde a penetração sente-se quase só no caso do Brasil".

Sobre o impacto da pandemia, reforça ainda que "há condições para retomar o crescimento da mobilidade a curto prazo”.

A conferência, que decorreu durante dois dias a 25 e 26 de novembro, contou com diversas sessões e debate público sobre a internacionalização do ensino superior, incluindo estratégias nacionais e europeias de instituições de ensino com oradores de diversos países, além de workshops e partilha de boas práticas para profissionais do setor académico.

“Iniciativas como a Universidades Europeias [que conta com 10 instituições de ensino portuguesas mas que tem apenas uma representatividade de 5% no total de instituições da Europa] são um campo de ensaio de ideias e soluções para programas que estão no horizonte relativos à cooperação. Não se pode perder de vista o impacto que estas iniciativas possam vir a ter, nomeadamente no quadro de reforço de financiamento”, menciona o Reitor Paulo Jorge Ferreira.