A estação central de Aveiro continuará como central mesmo depois de concretizado o projeto de ligação em alta velocidade entre Porto e Lisboa com os comboios que fizerem paragem na cidade a ser desviados da rota mais direta utilizada pelos comboios sem paragem.
A garantia foi deixada pelo vice presidente da Infraestruturas de Portugal no fórum lançado pela Plataforma Cidades para debater as soluções ferroviárias previstas para a cidade e região de Aveiro.
Os estudos da IP admitem a criação de um espaço novo de interseção, entre a linha de alta velocidade e as ligações entre Mangualde e Aveiro, onde poderá existir uma nova estação, mas com a garantia de que os comboios de alta velocidade com paragem na cidade irão ao centro num desvio que vai custar 7 a 8 minutos no total da viagem.
No ar ficam as dúvidas de quem teme a perda de competitividade e a perda de ligações de alta velocidade a Aveiro.
Carlos Fernandes, vice-presidente da IP, defendeu o modelo como o que tem mais sustentabilidade (com áudio)
A iniciativa da Plataforma Cidades contou com a participação da Câmara de Aveiro, da Universidade de Aveiro e da Fundação Engenheiro António Pascoal.
A alta velocidade vai surgir como investimento prioritário até 2030 e a primeira fase em obra será o percurso a norte entre Porto e Soure considerando já o desvio para a cidade de Aveiro.
No futuro Aveiro ficará a 20 minutos de Campanhã (Porto), a 1h06 de Lisboa (oriente) e a 1h23 de Vigo (com áudio).
Carlos Fernandes assume que as paragens previstas resultam das dinâmicas do território tendo Aveiro, Coimbra e Leiria como pólos obrigatórios (com áudio)
Nas questões levantadas contaram-se temas como o impacto ambiental, a coerência de sistemas e ligações entre diferentes áreas do território, os corredores previstos, o financiamento comunitário, a bitola das linhas, a capacidade de garantir material circulante e custos de manutenção.