Ílhavo: “Foi comovente a forma como toda a comunidade se uniu para viver e participar neste Rádio Faneca” - Mariana Ramos.

O Festival Rádio Faneca recebeu perto de 30 mil pessoas na edição mais participada de sempre.

“Ílhavo a transmitir alegria” mantém-se como mote e a 11ª edição do Festival Rádio Faneca confirmou a aposta na dinamização do centro histórico.

O evento deste fim de semana, entre 14 e 16 de junho, no Centro de Histórico de Ílhavo, apresentou mais de 50 eventos gratuitos.

Cumpriram-se 31 horas de emissão da rádio do festival, ao vivo, na FM, online e também em simultâneo com a Antena 3.

Nesta edição, o festival apostou numa comunicação centrada não só na alegria, mas também no cruzamento entre gerações e linguagens, assumindo as diferenças que existem entre expressões mais antigas, algumas delas ilhavenses que o festival faz questão que não caiam em desuso, mas também em termos amplamente utilizados pela gen Z (os nascidos entre 1996 e 2010), celebrando o encontro e entendimento intergeracional que o festival procura.

A vereadora Mariana Ramos, responsável pelo pelouro da Cultura e Criatividade do Município de Ílhavo, reforça que “é imperativo viver e defender aquilo que é nosso, com o pronome possessivo bem assente na nossa linguagem e viver e partilhar o nosso território, através das suas pessoas e das suas histórias é uma taça que se deve erguer bem alto, mesmo, seja para brindar, seja para festejar”.

O projeto Casa Aberta, que acontece desde a primeira edição do festival, e em que os habitantes do Centro Histórico de Ílhavo abrem as suas casas para oferecer a desconhecidos um lugar às suas mesas, mas também para desenvolver um projeto artístico, este ano orientado pelo encenador Alexandre Sampaio, que desafiou os participantes a partilharem as suas memórias felizes.

Além de casas convencionais, participaram ainda alguns estabelecimentos do comércio local e associações ilhavenses.

De acordo com Mariana Ramos “foi comovente a forma como toda a comunidade se uniu para viver e participar neste Rádio Faneca”.

Na emissão de rádio, que decorreu durante 31 horas, aconteceram várias entrevistas, programas, uma emissão especial da Antena 3, momentos com as escolas, dezenas de discos pedidos e uma reflexão sobre a alegria, tema do festival.

A psiquiatra Inês Homem de Melo, participante de uma das conversas de domingo, dizia que a alegria, mais do que uma emoção involuntária, é uma forma de transcendência.

Em toda a emissão, falou-se na alegria, também, como forma de resistência.

“O Festival Rádio Faneca continua à procura de transgredir e resistir. Regressa em 2025”, prometeu a organização.