O Ministro das Infraestruturas e da Habitação confirma que o terreno da antiga Luzoestela, junto ao viaduto de Esgueira, em Aveiro, vai ser um dos quatro em Portugal a receber construção do parque habitacional público de arrendamento acessível.

São 65 apartamentos públicos com preços abaixo dos valores de mercado a construir até 2025.

Questionado por Nelson peralta, deputado do BE, sobre o alcance da medida e os custos das rendas, o Ministro foi claro ao explicar que se trata de uma ação pública, sem parceria com privados, e com capacidade para responder à classe média com rendas até 30% abaixo do custo de mercado (com áudio)

Nelson Peralta, deputado do BE, diz que a medida é positiva mas carece de um alargamento no número de fogos disponibilizados.

“O parque habitacional público é curto, é muito pequeno e precisamos de um parque habitacional público mais forte, mais amplo, para responder aos problemas das pessoas que têm dificuldade em aceder à habitação”, introduziu o deputado Nelson Peralta.

O deputado bloquista recordou que o terreno em causa estava à venda por 1,3 milhões de euros e questionou “se o governo desistiu finalmente da venda deste terreno a privados e se decide fazer, como o bloco sempre exigiu, habitação pública nestes terrenos” (com áudio).

Peralta questionou, ainda, se o preço do arrendamento destes apartamentos se situará apenas 20% abaixo do preço de mercado, como tem sido a norma no programa de arrendamento acessível.

O Bloco tem criticado o programa por considerar que essa redução é insuficiente. Os preços de mercado são tão elevados que mesmo uma redução de 20% continua proibitiva para quem tem rendimentos, mas que mesmo assim não consegue aceder ao mercado de arrendamento.

O Bloco tem proposto que, neste programa, a renda seja definida em função dos rendimentos dos arrendatários e não em função do mercado.

foto: Diário de Aveiro