O calendário marca hoje o Dia Mundial da Poupança, celebrado com o intuito de alertar para a importância de reservar liquidez, disciplinar consumos e evitar o sobreendividamento, como estratégias para promover o bem-estar pessoal e enfrentar períodos conturbados. O contexto atual justifica uma reflexão sobre hábitos de poupança, em especial em Portugal, onde a taxa de aforro é cronicamente reduzida. O baixo rendimento médio explica apenas parte deste problema. Há que acrescentar o apelo ao consumo, o acesso fácil ao crédito e a baixa remuneração das aplicações. Mas há ainda um fator cultural determinante que urge combater: depois de um máximo histórico de 12,6% em 2020, a taxa de poupança das famílias portuguesas retomou a tendência das últimas décadas, atingindo o valor de 8,3% no 1º semestre deste ano. A conclusão é simples: em 2020, ano de confinamentos, os portugueses só pouparam mais porque não conseguiram gastar tanto. Parece que está na altura de mudar alguns hábitos e começar a planear o futuro com alguma antecedência!