Repercussões dos maus tratos na infância e adolescência

Abril é o mês internacional de prevenção dos maus tratos na infância.
As consequências dos maus tratos dependem de fatores como a idade da criança e a sua resiliência, temperamento e o caracter mais ou menos continuado das agressões, bem como do tipo de agressão.
As crianças vitimas de maus tratos sofrem alterações da vinculação aos adultos de referência, que são aqueles que legitima e incondicionalmente as deveriam proteger e bem tratar, gerando nelas um sentimento de desconfiança crescente. Apresentam, tendencialmente, dificuldades no estabelecimento de novas relações de confiança e testam e desafiam quem delas se aproxima, à procura de provas inequívocas de que não serão frustradas de novo.
Assim, todos temos de estar conscientes que as crianças vitimas de maus tratos podem expressar o seu sofrimento de forma indireta ou contraditória, manifestando problemas de comportamento, agressividade, hiperatividade, dificuldades de aprendizagem, comportamentos sexualizados, mas também manifestações de sintomas menos ruidosos, não menos graves, como inibição, isolamento social, depressão ou síndrome pós-traumático.
Os maus tratos na infância constituem uma situação de extrema gravidade pelo sofrimento que provocam em cada criança e jovem maltratado, e têm consequências e repercussões longitudinais, em que a evidência cientifica tem demonstrado a estreita correlação existente entre as situações de maus tratos na infância e adolescência e a ocorrência de psicopatologia na idade adulta, bem como o risco de transmissão transgeracional deste tipo de situações, com elevados custos sociais.
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