África…Terra Nova - XXXVI

Hoje em mais uma edição do "África…Terra Nova", o professor António Batel Anjo fala sobre o dia da Independência de Moçambique.
Moçambique evolui de um regime colonial - onde a Educação estava limitada ao colonizador e ao assimilado e para o colonizado restava apenas o ensino rudimentar, - para um regime de inspiração socialista onde, inicialmente, a educação e o trabalho são apontados como o caminho para a evolução e ascensão social. Mesmo assim, em 1970 apenas 0,77% da população africana frequentava o Ensino Primário. Essa percentagem desce para 0,02 para cursos profissionais e magistério, e para 0,01 no Liceu. Apenas 10 africanos ingressaram num curso superior, contrastando com 3.720 não africanos. Em 1975, dos 3.800 estudantes no Ensino Superior, apenas 40 eram moçambicanos negros.
No mesmo ano, a taxa geral de analfabetismo segundo era de 93% entre a população com 7 anos ou mais. O Governo nacionalizou a Educação, passando esta a ser gratuita e aberta a todos os cidadãos – o que implicou imediatamente um esforço de alargamento da rede escolar no país, que ainda assim não conseguia acompanhar a procura que surgia. Com esta política, a taxa de escolarização subiu 110%, a percentagem de raparigas no sistema subiu de 33% em 1970 para 43% em 1980. A nova rede de infraestruturas, porém, acabaria por vir a sofrer forte destruição durante a guerra.
Música:
Carlos e Zaida Chongo - Kiribone Original
https://www.youtube.com/watch?v=ARLj4mpRHlE&list=RDoNJMsM62Xs0&index=3
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