África…Terra Nova - XXVIII

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África…Terra Nova - XXVIII
30.04.2020

Hoje em mais uma edição do "África…Terra Nova", o professor António Batel Anjo fala sobre as questões da autonomia e a autorregulação das aprendizagens dos alunos no ensino à distância.

Tecnologia Educativa e o Ensino à Distância – método e ferramentas para criar um espaço de aprendizagem.O uso das “novas” tecnologias para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem é algo que já adquirido por todos. Uma parte dos alunos usam, constantemente, algum tipo de tecnologia e os professores precisam de conhecer um pouco mais acerca das suas potencialidades. As tecnologias educativas reflectem acerca dos possíveis usos das tecnologias na educação. A Tecnologia Educativa é um aliado do método de ensino e os avanços tecnológicos devem ser entendidos como aliados aos processos em qualquer modalidade de ensino.

As tecnologias, vistas pelo lado da Educação, são ferramentas que transformam a troca de experiências entre quem ensina e quem aprende. Com o auxílio destas ferramentas, que funcionam como uma extensão da sala de aula, os processos pedagógicos são alterados e são necessários conteúdos que suportem a aula digital. Numa aula digital o acesso à informação fica mais fácil e a autonomia dos alunos é estimulada. Através dos conteúdos pedagógicos disponibilizados digitalmente e apresentado em múltiplas plataformas (da TV à Internet) temos um fluxo de aprendizagem contínuo que tem de ser doseado e muito bem comunicado – toda a aula fica muito mais dinâmica.

Tudo isto é mais valorizado quando falamos de ensino à distância (EaD). O EaD trouxe mudanças significativas na forma de ensinar e aprender. É necessário que as escolas e demais instituições de ensino se mantenham actualizadas. Incorporando esse tipo de metodologia, seja através de programas educativos e pedagógicos totalmente à distância ou complementares ao que é ensinado em sala de aula, de forma híbrida.

Nesta forma híbrida o conhecimento pode ser partilhado de forma mais rápida e levado a qualquer parte, o acesso remoto aos conteúdos de forma assíncrona para alunos respeita o seu ritmo de aprendizagem individual.

É fundamental entender a tecnologia educativa como uma ferramenta aliada do ensino e da aprendizagem. Um benefício para a qual a educação que, junto com conteúdos pedagógicos de qualidade e bons profissionais, potencia a partilha de conhecimentos e leva o aluno a aprender de forma autónoma.

A “sala de aula virtual” (espaço de aprendizagem) que o alunos e professor podem aceder de qualquer lugar e em qualquer horário, basta para isso estar conectado à Internet. É neste ambiente que ficam disponíveis os conteúdos do curso e outras ferramentas de interação, como vídeo-aulas, áudio e videoconferências, chats, fóruns e bibliotecas virtuais.Temos de aproveitar este tempo para criar um espaço de aprendizagem propício ao estudo, à aprendizagem e à investigação, permitindo aos nossos alunos ter a educação de que o país precisa: com qualidade, rigor e sustentabilidade.

Em Moçambique e de acordo com o censo de 2017, 4,4% da população tem acesso ao computador, 6,6% à Internet e 21,8% à televisão. A estratégia de ensino-aprendizagem envolve o estabelecimento de uma hierarquia de tecnologias a utilizar. Pretendemos atingir o maior número de estudantes com recursos técnicos existentes e sem mais encargos para as famílias através da televisão. Isto é em grande parte das casas moçambicanas e pode ser visto noutros estabelecimentos comerciais, mas temos de integrar outras tecnologias disponíveis, internet fixa e móvel, especialmente esta última pode ser explorada num simples telemóvel. O objetivo de tudo isto é ser o mais abrangente possível e que atinja o maior número de estudantes a nível nacional.

Os conteúdos produzidos – aulas em vídeo, planos de aulas, fichas de exercícios e outros materiais educativos digitais – estão agora disponíveis para alunos e professores que, através de uma plataforma e usando o e-mail, podem fazer perguntas com as equipas de produção de conteúdos.

Pretende-se, agora, intensificar a resposta do sistema educativo no contexto actual de paralisia do ensino de forma a garantir a manutenção das aulas, mas também garantir a continuidade deste modelo de ensino-aprendizagem para o futuro – uma vez que se apresenta como uma verdadeira alternativa à escassez de escolas no país.

Depois da pandemia, a solução híbrida daqui resultante, permitirá que milhares de alunos mantenham os seus estudos. 

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Música 

Freshlyground é uma banda sul-africana que se formou na Cidade do Cabo em 2002. Os membros da banda têm origens diferentes, incluindo África do Sul, Moçambique e Zimbábue.  

https://www.youtube.com/watch?v=nYJTWtT_YVU&feature=youtu.be

 

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Conversas da Manhã
Autor
Maria João Azevedo
Horário10:00às09:40

Episódios

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    Espaço Cultura com Nuno Alexandre
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    11.04.2024

    Nuno Alexandre está em Lisboa, onde a convite do realizador Rui Pedro Sousa, assistiu à antestreia do filme "Revolução (SEM) Sangue" que estreia hoje, dia 11, nos cinemas. Nuno recomenda aos ouvintes para irem ver o novo filme do 25 de Abril que presta homenagem aos quatro homens assassinados pela PIDE no dia 25 de Abril de 1974. Para celebrar os 50 anos da Revolução em família, o nosso Nunex recomenda um programa em família.

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    Obra da Criança - Laço Azul
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    08.04.2024

    Estas são breves tertúlias no âmbito do Mês da Prevenção dos Maus-Tratos na Infância (mês de abril) que a CPCJ de Ílhavo, apresenta na Rádio TerraNova.

    Hoje Mélanie Martins, psicóloga, faz-se acompanhar por um grupo de crianças muito sensiveis e especiais, da Obra da Criança, que nos vão dar a conhecer a história do Laço Azul.

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