África…Terra Nova - XLIX
Em mais uma edição do África…Terra Nova", hoje o professor António Batel Anjo fala sobre a melhor Escola.
A melhor Escola é aquela em que se ensina a aprender
(este foi o tema de um seminário do Observador, ontem 23 de setembro de 2020)
A rápida mudança que nos foi imposta, que de tão rápida não nos permite prever quais são as tecnologias em ascensão que farão parte do futuro, obrigou a alterar os paradigmas de ensino e de aprendizagem.
Desde logo, traz à tona conceitos como a autonomia e a auto-regulação das aprendizagens que não se encontravam presentes no ensino tradicional. Sendo que os alunos não precisam apenas de conhecimentos, mas também de atitudes e valores para construírem o seu próprio saber.
A educação não pode ter mais uma abordagem simples e directa sobre a transferência de conhecimento explícito entre gerações. De acordo com relatório “OECD 2030 Future of Education and Skills Project”, precisamos substituir os antigos padrões de educação por uma estrutura que combine o conhecimento com as competências, principalmente a criatividade, o pensamento crítico, a comunicação e o trabalho colaborativo.
Na verdade, nada disto será alcançado digitalizando as velhas sebentas ou transferindo as aulas do quadro de ardósia para uma plataforma de comunicação digital. Temos que transformar radicalmente a maneira como ensinamos e adquirimos as competências científicas e tecnológicas.
Qual é o caminho para as tecnologias como auxiliares do processo de ensino-aprendizagem? Temos que perceber muito bem qual é a relação entre as TI e o ensino experimental das ciências. São questões que merecem um profundo debate.
No entanto, na maioria dos países a educação continua a ser oferecida da mesma forma. Em países em desenvolvimento a situação é bem pior, pois nem sequer a disseminação das tecnologias foi verdadeiramente alcançada. Um dos maiores problemas é que o ambiente que rodeia a Educação é justamente um dos que mais tem necessidade de se renovar para se tornar inclusivo, justo e equitativo. Em países como Moçambique, com um vasto território e uma enorme dispersão, as tecnologias podem ser um auxiliar para levar a educação a locais quase inacessíveis.
Os conteúdos digitais trazem novos desafios à gestão das escolas, da educação e a todos que financiam a educação.
A educação digital aponta novos paradigmas pedagógicos e de gestão ao utilizar os meios tecnológicos, frequentemente aliados à adopção de processos mais dinâmicos de gerir e aprender. Não existe um modelo para a utilização da educação digital ou um conjunto de pilares e características que nos permita uma definição mais detalhada. Acaba por ficar tudo nas mãos das instituições para encontrarem uma fórmula que acreditam ser mais adequada para promover a formação, a gestão e o ensino de qualidade, aproveitando todos os benefícios das soluções tecnológicas.
Neste mundo conectado pelas tecnologias vão-se encurtando as distâncias, mas ao mesmo tempo vão-se estabelecendo cada vez mais desigualdades entre países tecnologicamente menos evoluídos e com uma educação a precisar de muitas reformas.
As novas gerações incorporam ferramentas digitais colaborativas na gestão da sua comunicação remota. Os conteúdos digitais são processos de aprendizagem que estão a fazer o seu caminho junto com a digitalização da comunicação, da informação e das mudanças de comportamento. As possibilidades desse universo digital são tão grandes quanto a criatividade de quem as utiliza.
Muitos dos problemas resultantes da crise do COVID-19 têm na sua raiz a cultura científica. A necessidade imediata e global de compreender a ciência face à pandemia nunca foi tão urgente. Até alguns meses atrás a maioria das pessoas não se lembrava da diferença entre vírus e bactéria, antígeno e anticorpo ou crescimento linear e exponencial.
Esses são conceitos que os alunos aprendem em biologia e matemática, mas pouco são os que alguma vez os relacionaram com a vida real. Agora estes conceitos preenchem as páginas de todos os jornais.
Segundo a UNESCO, “para um país atender às necessidades básicas do seu povo, o ensino das ciências é um imperativo estratégico”. No entanto existem desigualdades e, mais preocupante, ainda, vão-se agravar em países em desenvolvimento.
Existem desigualdades quando se trata de educação STEM, a falta de conectividade, a falta de laboratórios e sobretudo as limitações dos professores faz com que a aprendizagem se degrade com o passar do tempo. A outra questão não menos importante, para Moçambique por exemplo, é o facto de os pais e encarregados de educação não dominarem a língua de ensino.
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Música
340 ml - São quatro jovens de Maputo que desde 2000 fazem música juntos em Joanesburg.
https://www.youtube.com/watch?v=zeUxzYbQQSo
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Episódios
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ImagemSELMA UAMUSSE | 16 DEZ | 21:30 | Casa Cultura Ílhavo14.12.2017Ouvir
Entrevista fantástica a Selma Uamusse, nascida em Maputo, mas a morar em Portugal. A sua música faz bem à saúde, e certamente, faz muito bem ao mundo...!
Ouça agora!
Mais info:
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ImagemOLI - Concerto Solidário 19 Dez no Teatro Aveirense!13.12.2017Ouvir
Hoje com o Engenheiro António Oliveira, Presidente do Concelho de Administração que nos fala desta iniciativa da OLI.
Junte-se à OLI e expresse a sua solidariedade no apoio às corporações dos Bombeiros Novos e Velhos de Aveiro que combateram os cruéis fogos florestais que destruíram um património florestal insubstituível e histórico, mudando para sempre a paisagem do nosso Portugal.
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ImagemProjeto ClairCity12.12.2017Ouvir
Hoje com a prof. Myriam Lopes do departamento do Ambiente e Ordenamento da UA, que nos vem falar do projeto ClairCity.
POR FAVOR RESPONDA AO QUESTIONÁRIO ABAIXO - A SUA OPINIÃO É IMPORTANTE!
A Universidade de Aveiro, em parceria com a Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), e mais 14 parceiros, incluindo 5 cidades europeias, encontra-se a desenvolver o projeto ClairCity, financiado pelo programa H2020.
O projeto ClairCity tem como objetivo promover a melhoraria da qualidade do ar e redução da pegada de carbono nas cidades europeias.
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ImagemDECO - Prescrição das taxas moderadoras12.12.2017Ouvir
Hoje com a Dra. Tânia Santana, jurista da DECO que nos explica quais os nossos direitos em caso de prescrição das taxas moderadoras!
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ImagemCasa do Povo da Gafanha da Nazaré07.12.2017Ouvir
Hoje com Marisela Simões, a presidente da Casa do Povo da Gafanha da Nazaré, que agendou para dia 8 de Dezembro a inauguração das obras de remodelação da antiga escola da Chave, requalificação que surgiu depois de um incêndio nas instalações e que obrigou a obras de reparação.
A inauguração da sede da Casa do Povo de Gafanha da Nazaré está marcada para as 17h seguindo-se um jantar Gala de Natal, às 19h, no restaurante A Estufa na Gafanha da Encarnação. Uma atividade que funciona como angariação de fundos.