África…Terra Nova - XL

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África…Terra Nova - XL
23.07.2020

Hoje em mais uma edição do "África…Terra Nova", o professor António Batel Anjo fala de dois assuntos: o dia de Nelson Mandela (dia 18) e sobre o livro "Este vírus que nos enlouquece" de Bernard Henry-Levy.

Dia Internacional Nelson Mandela

É uma comemoração internacional instituída pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas em novembro de 2009, a ser comemorado em todos os anos 18 de julho, data de nascimento de Nelson Mandela, mais tarde líder sul-africano.

A sua dedicação ao serviço da humanidade merece ser destacada, pela resolução de conflitos, pelo combate ao racismo, pela promoção e proteção dos direitos humanos, a reconciliação, igualdade de géneros e direitos das crianças, e ainda pelo desenvolvimento das comunidades pobres ou subdesenvolvidas.Com esta data o Mundo reconhece a sua contribuição pela democracia internacional e a promoção da cultura da paz através do mundo.“Nós podemos mudar o mundo e torná-lo um lugar melhor. Está em nossas mãos fazer a diferença” - Nelson Mandela

Este vírus que nos enlouquece, de Bernard-Henri Lévy, está nas livrarias, com o selo da editora Guerra e Paz.

Desengane-se quem achar que este enlouquece significa perder a sanidade mental, pois a forma verbal enlouquece, pretende dar que pensar e, acima de tudo, recordar ao ser humano que a vida não se esgota num vírus, como se tem assistido ao longo da História.O autor começa por lembrar as epidemias surgidas ainda no seu tempo de vida, para depois enfatizar como o medo, e o empolamento dos meios de comunicação, podem ser a pior epidemia. Medo esse que também acarreta, todavia, consequências positivas, como o cessar-fogo no Iémen, o confinamento do Hezbollah ou afastar o Daesh da Europa de volta às suas cavernas. Porque a covid tornou-se um denominador comum enquanto o maior inimigo da Humanidade. E porque uma epidemia, palavra grega que significa «sobre o povo», pode ser, acima de tudo, «um fenómeno social que tem alguns aspectos médicos» 

Afirma o autor que «nunca as coisas foram tão longe». Até porque o próprio poder está «desorientado, sem saber a que santo pedir», pelo que nos viramos para os médicos e virologistas como salva-vidas, fazendo as vezes dos comentadores políticos. Mas a “verdade científica”, a que nós adoramos nos entregar, não é mais do que um “erro rectificado”» (p. 23), pelo que, como se tem visto, a cada dia que passa sai uma informação que contradiz a declaração do dia anterior. E, paradoxalmente, nunca a Humanidade foi tão néscia, ao ponto de querer acreditar na «ideia de que o vírus não é totalmente mau, que tem uma certa virtude oculta, e que, participando nesta “guerra”, até temos motivos para nos alegrar» (p. 36)... A ironia do autor é bastante premente, ainda mais se tivermos em conta o contexto de declarações como esta que reportam à cidade de Paris aquando da entrada das tropas alemãs em 1940.

Concluímos com as palavras do autor quando contesta os que acreditam que o coronavírus «fala connosco», «secretamente imbuído (...) de uma parte do espírito do mundo, e, portanto, de uma missão»: «Como se um vírus pensasse! Como se um vírus soubesse! Como se um vírus quisesse! Como se um vírus vivesse!» 

[Podem ler uma entrevista conduzida por Pedro Mexia a Bernard-Henri Lévy a 25 de julho no Expresso]https://www.youtube.com/watch?v=1J0qERo-kSw   

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Covid

49492/testados

1557(infectados) 3,15% 

Morreram 11 em 27Milhões de pessoas

A malária em Moçambique causou 851 mortes 2018, atingiu cerca 7,1 milhões de pessoas

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Música: 

Esta é a música https://www.youtube.com/watch?v=1J0qERo-kSw

Dedicada a Nelson Mandela

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Conversas da Manhã
Autor
Maria João Azevedo
Horário10:00às09:40

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    Workshop de Escrita Descalça com André de Oliveira

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