África…Terra Nova - LXXXV
Mais uma edição de África…Terra Nova" com o professor António Batel Anjo.
Aquecimento global ameaça cidades costeiras de todo o mundo, segundo peritos da ONU.
Cerca de 10% da população mundial está a menos de 10 metros acima do nível do mar. As consequências podem ser sentidas muito rapidamente, durante a vida da maioria das populações actuais.
A subida do nível do mar, as inundações e a intensificação das ondas de calor estão a ameaçar as cidades costeiras de todo mundo, segundo o relatório provisório do Painel Intergovernamental de Especialistas sobre a Evolução do Clima.
De Bombaim a Miami, Daca ou Veneza, estas cidades e os seus milhões de habitantes que vivem na foz dos estuários ou nas linhas sinuosas da costa estão “na linha da frente” da crise climática que corre o risco de redesenhar os mapas dos continentes, aponta o relatório provisório do Painel Intergovernamental de Especialistas sobre a Evolução do Clima (IPCC, na sigla em inglês), citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).
“O nível do mar continua a subir, as inundações e as ondas de calor são cada vez mais frequentes e intensas e o aquecimento aumenta a acidez do oceano”, referem os cientistas neste relatório de 4.000 páginas sobre os impactos das mudanças climáticas. De acordo com os peritos climáticos, é preciso “fazer escolhas difíceis”.
Sob o efeito combinado da expansão dos oceanos e do degelo causado pelo aquecimento, a subida do nível do mar também ameaça contaminar os solos agrícolas com água salgada e engolir infraestruturas estratégicas, como portos ou aeroportos.
Um “perigo para as sociedades e para a economia mundial em geral”, alerta o IPCC, sublinhando que cerca de 10% da população mundial e dos trabalhadores estão a menos de 10 metros acima do nível do mar.
Mas, apesar dessas previsões sombrias, as cidades costeiras continuam a crescer, multiplicando as vítimas em potencial, especialmente na Ásia e na África.
Segundo o documento, um aquecimento global acima do limiar de 1,5 ºC (graus centígrados), fixado pelo acordo de Paris, teria “impactos irreversíveis para os sistemas humanos e ecológicos”, com os peritos a frisarem que a sobrevivência da humanidade pode estar ameaçada. Com as temperaturas médias a subirem 1,1 °C desde meados do século XIX, os efeitos no planeta já são graves e tornar-se-ão cada vez mais violentos, ainda que as emissões de dióxido de carbono (CO2) venham a ser reduzidas, alertam os peritos. Falta de água, fome, incêndios e êxodo em massa são alguns dos perigos destacados pelos peritos da ONU.
O relatório de avaliação global dos impactos do aquecimento, criado para apoiar decisões políticas, é muito mais alarmante que o antecessor, divulgado em 2018.
O documento deverá ser publicado em fevereiro de 2022, após a aprovação pelos 195 Estados-membros da ONU e depois da conferência climática COP26, marcada para novembro, em Glasgow, na Escócia. Prevista originalmente para novembro de 2020, a 26.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26), com líderes de 196 países, empresas e especialistas, foi adiada devido à pandemia.
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Primeira Música:
Jorge Neto - Rosinha - YouTube
Segunda Música:
RAICES - Salif Keita & Cesaria Evora - Ismael Lo - Sona Jobarteh. - YouTube
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