África…Terra Nova - LXXV

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África…Terra Nova - LXXV
08.04.2021

Dia Mundial da Saúde

Ontem foi o Dia da Mulher Moçambicana e o Dia Mundial da Saúde, mas para nós em muitos aspectos estes dias estão ligados na construção de um mundo mais justo e saudável.

A pandemia de COVID-19 veio realçar as desigualdades entre países. Num contexto de escassez de abastecimentos essenciais, os países africanos foram colocados no fim da fila em termos de acesso a kits de teste à COVID-19, a equipamento de protecção individual e, agora, a vacinas.

Dos 548 milhões de doses da vacina contra a COVID-19 administradas em todo o mundo, apenas 11 milhões, ou 2%, foram realizadas em África, enquanto o continente representa cerca de 17% da população mundial.

Também existem desigualdades dentro dos países. A discriminação em razão do género, do local de residência, do rendimento, do nível de escolaridade, da idade, da etnicidade e da deficiência prejudica as populações vulneráveis.

Dados recentes de 17 países africanos revelam, por exemplo, que uma pessoa que concluiu o ensino secundário tem três vezes mais probabilidade de ter acesso a meios de contracepção do que alguém que não tenha frequentado a escola. Por sua vez, as mulheres que se situam no quintil mais elevado de rendimento têm cinco vezes mais probabilidade de dar à luz os seus bebés numa unidade de saúde e de os vacinar do que as mulheres pertencentes ao quintil mais baixo.

De forma a inverter esta tendência, precisamos de agir em relação aos determinantes sociais e económicos da saúde, levando a cabo uma acção multissectorial para melhorar as condições de vida e de trabalho, e o acesso à educação das populações, sobretudo dos grupos mais marginalizados. As comunidades devem ser envolvidas nesta iniciativa como parceiros, recorrendo nomeadamente às suas redes e associações para definir e implementar intervenções de saúde e de desenvolvimento.

A OMS está a colaborar com os países de forma a reforçar as capacidades de recolha, gestão e exploração dos dados e para melhorar a monitorização e as acções levadas a cabo para combater as desigualdades evitáveis. No ano transacto, divulgámos orientações técnicas sobre género, equidade e a COVID-19 e formámos 30 equipas nacionais2 em programas integrados para a promoção da igualdade de género e da equidade na saúde. As equipas estão a pôr em prática as competências que adquiriram para promover uma maior equidade na saúde e lutar contra a violência de género no contexto da COVID-19.

São também necessários investimentos de modo a acelerar os progressos realizados na implementação da cobertura universal de saúde, proteger as pessoas contra dificuldades financeiras que dificultam o acesso aos cuidados de que necessitam e melhorar a cobertura dos serviços. A maioria dos países africanos iniciou reformas nestas áreas, com a esperança de que estas iniciativas possam, por sua vez, contribuir para a construção de sistemas de saúde e sociedades mais resilientes.

Os líderes devem, num espírito de solidariedade internacional, trabalhar em conjunto no futuro para combater as desigualdades dentro e fora das suas fronteiras. Mais concretamente, no que diz respeito às vacinas contra a COVID-19, incentivamos veementemente as empresas farmacêuticas a reforçarem as suas capacidades de produção para ultrapassar a actual escassez observada em termos de abastecimento. Apelamos igualmente aos países ricos para que partilhem as suas doses de forma a proteger as populações mais em risco, salvar vidas e superar rapidamente esta crise mundial.

A OMS continua empenhada em garantir que todas as pessoas em África, e no resto mundo, possam usufruir do direito a uma boa saúde.

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1ª Música

Mr. Bow - Bowito (Official Video by V&S Pro Music 2014)

https://www.youtube.com/watch?v=OwSgfEotk-A

2ª Música

GranMah - Danger Zone (Official Video)

https://www.youtube.com/watch?v=34TG51Pyu2s&list=RD34TG51Pyu2s&start_rad...

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Conversas da Manhã
Autor
Maria João Azevedo
Horário10:00às09:40

Episódios

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    Pensados para o público-alvo a que se destinam, os planos de atividades compreendem a realização de atividades culturais, recreativas e desportivas. Constitui um importante apoio às famílias durante as interrupções letivas.

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    Jovens entre os 12 e os 25 anos, professores/as, pais, dirigentes associativos/as, profissionais de saúde e outros que desenvolvem atividades nesta área dirigidas aos/às jovens.

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    À conversa com Emanuel Santos, Presidente da Associação de Física da UA. A próxima palestra acontece quarta-feira dia 29 de Março, às 21h30 no grande auditório da UA.

     

     

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