África…Terra Nova - LV
Em mais uma edição do África…Terra Nova", o professor António Batel Anjo fala sobre como a humanidade passou a contemplar sua possível extinção.
X-Risk: Como a humanidade descobriu sua própria extinção
Por Thomas Moynihan
Como a humanidade passou a contemplar sua possível extinção.
O clérigo e economista político britânico, Thomas Malthus, muito criticado e muito pouco lido - lançou uma sombra sobre o sobre o futuro. No início do séc. XIX, Malthus sugeriu categoricamente que "o poder da população é tão superior ao poder da Terra para produzir a subsistência do homem que a morte prematura deve, de uma forma ou de outra, visitar a raça humana".
Ele não estava a falar sobre extinção em massa, mas sobre a redução natural das populações. Na verdade, Malthus estava convencido da tendência natural das populações de se expandir de forma explosiva, levando à pobreza e à fome. Uma população tende a ultrapassar os meios de subsistência, observou ele, precisamente porque cresce de forma exponencial (enquanto o crescimento na disponibilidade de sustento, pensou ele, tende a crescer de forma linear).
Actualmente, de previsões de mudanças climáticas desastrosas até às profecias de superinteligências da Inteligência Artificial, dos perigos iminentes da edição do genoma, a nossa espécie estamos cada vez mais preocupada com as perspectivas da nossa própria extinção.
Com o futuro da humanidade cada vez mais inseguro a cada dia que passa, no século XXI, o risco existencial tornou-se objecto de um campo crescente de sérias investigações científicas.
Mas, como Thomas Moynihan mostra em X-Risk, essa preocupação não é exclusiva da era pós-atómica do aquecimento global e da biologia. A nossa crescente preocupação com a própria extinção humana tem uma história.
Moynihan revisita os pioneiros que primeiro contemplaram a possibilidade de extinção humana e encena o drama histórico desta descoberta importante. Ele mostra como, longe de ser uma repetição secular das profecias religiosas do apocalipse, o risco existencial é uma ideia totalmente moderna, tornada possível pelas ciências emergentes
Ao relembrar como começamos a cuidar de nossa extinção, Moynihan revela como as tentativas atuais de medir e mitigar as ameaças existenciais são a continuação de um projecto iniciado há mais de dois séculos, que diz respeito à própria vocação do humano como racional, responsável e ser orientado para o futuro.
https://thereader.mitpress.mit.edu/classification-humankind-and-birth-of...
https://mitpress.mit.edu/books/x-risk
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Música
AFH1101
Musica de São Tomé e Príncipe, Mama Djumba: Aninha
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Mais uma edição do África…Terra Nova" com o professor António Batel Anjo.
Quando se pensa em casamento infantil (ou forçado) pensamos imediatamente num país pobre de África, ou outra qualquer parte do Mundo, mas dificilmente nos Estados Unidos. Em Moçambique luta-se e investe-se na sensibilização das comunidades para travar os casamentos na infância e todo este esforço parece sempre pequeno.