África…Terra Nova - LV

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África…Terra Nova - LV
05.11.2020

Em mais uma edição do África…Terra Nova", o professor António Batel Anjo fala sobre como a humanidade passou a contemplar sua possível extinção.

 

X-Risk: Como a humanidade descobriu sua própria extinção

Por Thomas Moynihan

Como a humanidade passou a contemplar sua possível extinção.

O clérigo e economista político britânico, Thomas Malthus, muito criticado e muito pouco lido - lançou uma sombra sobre o sobre o futuro. No início do séc. XIX, Malthus sugeriu categoricamente que "o poder da população é tão superior ao poder da Terra para produzir a subsistência do homem que a morte prematura deve, de uma forma ou de outra, visitar a raça humana".

Ele não estava a falar sobre extinção em massa, mas sobre a redução natural das populações. Na verdade, Malthus estava convencido da tendência natural das populações de se expandir de forma explosiva, levando à pobreza e à fome. Uma população tende a ultrapassar os meios de subsistência, observou ele, precisamente porque cresce de forma exponencial (enquanto o crescimento na disponibilidade de sustento, pensou ele, tende a crescer de forma linear).

Actualmente, de previsões de mudanças climáticas desastrosas até às profecias de superinteligências da Inteligência Artificial, dos perigos iminentes da edição do genoma, a nossa espécie estamos cada vez mais preocupada com as perspectivas da nossa própria extinção. 

Com o futuro da humanidade cada vez mais inseguro a cada dia que passa, no século XXI, o risco existencial tornou-se objecto de um campo crescente de sérias investigações científicas. 

Mas, como Thomas Moynihan mostra em X-Risk, essa preocupação não é exclusiva da era pós-atómica do aquecimento global e da biologia. A nossa crescente preocupação com a própria extinção humana tem uma história.

Moynihan revisita os pioneiros que primeiro contemplaram a possibilidade de extinção humana e encena o drama histórico desta descoberta importante. Ele mostra como, longe de ser uma repetição secular das profecias religiosas do apocalipse, o risco existencial é uma ideia totalmente moderna, tornada possível pelas ciências emergentes 

Ao relembrar como começamos a cuidar de nossa extinção, Moynihan revela como as tentativas atuais de medir e mitigar as ameaças existenciais são a continuação de um projecto iniciado há mais de dois séculos, que diz respeito à própria vocação do humano como racional, responsável e ser orientado para o futuro.

https://thereader.mitpress.mit.edu/classification-humankind-and-birth-of...

https://mitpress.mit.edu/books/x-risk

 

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Música

AFH1101

Musica de São Tomé e Príncipe, Mama Djumba: Aninha 

https://www.youtube.com/watch?v=c7HPYodVdoc

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Conversas da Manhã
Autor
Maria João Azevedo
Horário10:00às09:40

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    TRILHA SONORA:

    A música de hoje é um “forró” a misturar inspiração e linguajares Nordestinos e Nortistas. 

    Quem canta é a rondoniense Patrícia Moraes

    Música: Cabocla Brasil

    Composição e arranjo: Túlio Nunes

     

    Espero que gostem.

     

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    África uma vez mais…

    África é o continente que menos tem contribuído para o aquecimento global. Os especialistas consideram que apenas três por cento das emissões de gases com efeito de estufa são reponsabilidade dos países africanos. A receita para travar as alterações climáticas no resto do mundo é fazer cortes profundos na emissão dos poluentes, mas em África o dasafio é diferente: desenvolver sem estragar.

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