África…Terra Nova - LIX

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África…Terra Nova - LIX
03.12.2020

Em mais uma edição do África…Terra Nova", o professor António Batel Anjo fala sobre a comunicação da ciência.

 

Comunicação de Ciência

Num contexto em que reemergem velhas dúvidas que pareciam ter sido resolvidas — é a Terra plana? Estão as alterações climáticas a acontecer? Os vírus transmitem-se por ondas eletromagnéticas? É tempo de repensar a comunicação de ciência. 

Para quê? Porquê? Por quem? 

Os decisores políticos, mais que os cientistas, andam preocupados – as pessoas não percebem a ciência. Não se interessam por ciência. Acreditam em coisas que a ciência afirma serem falsas. Não confiam nos cientistas. Não confiam nos políticos que se baseiam no que os cientistas. Não seguem uma dieta mediterrânica. Continuam a fumar. Ultrapassam os limites de velocidade. Sentam-se debaixo de arribas escalavradas pela erosão. Não sabem distinguir um átomo de um eletrão.

O problema deve estar na comunicação de ciência. Se comunicarmos mais e melhor, todos estes problemas se resolvem. As pessoas passam a acreditar na ciência, seguem os conselhos dos cientistas, abandonam crenças e mezinhas. Fazer mais palestras, construir mais museus, abrir as portas dos laboratórios, ir à televisão, escrever nos jornais. Faz-se tudo isto, porque se acredita que resolve o problema. 

Raramente se faz o que é recomendado aos outros actores sociais (decisores políticos, empresas, cidadãos) – sustentar a resolução de um problema em provas científicas. 

Que provas temos de que este tipo de ações resulta?

É preciso conhecimento científico para responder a esta pergunta: como é que se promove a confiança dos alunos, dos profissionais de diversas áreas e, finalmente, do público em geral na ciência? 

Como é que se pode comunicar ciência de modo a que os cidadãos a entendam, e este entendimento tenha impactos no comportamento diário, nas suas escolhas políticas, na protecção contra os riscos e no desenvolvimento de vidas mais saudáveis? 

A deterioração da qualidade da comunicação científica, devido, sobretudo, à ausência de bons comunicadores, especialistas em determinados temas, capazes de agarrar a atenção do grande público. Comunicadores como o comandante Jacques-Yves Cousteau ou o astrónomo Carl Sagan sendo que actualmente quase não existem nomes equivalentes.

A atenção para com a informação científica é para aquela que é relevante para o seu dia-a-dia, para a sua profissão ou para o bem-estar da sua família.

 

Música

Cesária Évora

https://www.youtube.com/watch?v=ERYY8GJ-i0I

 

Doação da Avó Luísa já chegou aos meninos de Maputo!

Maputo, 30 de Novembro de 2020 – Depois de meses a costurar, Maria Luísa Batel viu hoje, em directo, as suas criações serem entregues aos meninos e meninas do Infantário 1º de Maio, em Maputo. A Avó Luísa acompanhou a entrega oficial e aproveitou para conhecer melhor os beneficiários da sua generosa iniciativa.

Cinquenta quilos de roupa nova, confeccionada à mão por esta portuguesa de 85 anos durante meses de confinamento forçado pela pandemia de Covi19, chegaram a Moçambique com o apoio da LAM – Linhas Aéreas de Moçambique e da Wonder Go Travel Magazine.

A Osuwela recebeu esta encomenda que, para além de saias, calções, blusas e vestidos costurados já tendo em mente as idades das crianças do Infantário 1º de Maio, trazia ainda t-shirts a condizer, chinelos e sapatilhas, livros e material escolar.

Através de uma vídeochamada, a Avó Luísa pode acompanhar os meninos e meninas a escolher e experimentar a sua roupa nova. A oportunidade de receber presentes dedicados, feitos à medida de cada um, fez as delícias das cerca de 35 crianças que vivem nesta instituição.

De roupa e chinelos novos, posaram para a foto oficial!

(9) Osuwela - Avó Maria Luisa - Infantário 1º de maio Novembro 2020 - YouTube

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Conversas da Manhã
Autor
Maria João Azevedo
Horário10:00às09:40

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    Movimento Alvorecer Florestal
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